
Mobilização pelo SUS reuniu representantes de entidades de saúde
no centro da capital paulista
A Frente Democrática em Defesa do SUS uniu profissionais da saúde, centrais sindicais e população em uma mobilização pela qualidade do atendimento à Saúde. A passeata saiu da sede da Associação Paulista de Medicina (APM) e seguiu até a Praça da Sé. A manifestação, realizada na manhã deste 7 de abril – Dia Mundial da Saúde –, que envolveu cerca de 1.000 pessoas, reivindicou melhorias no atendimento universal, destinação de 10% da receita bruta da União para o SUS e contra a privatização da saúde.

Praça da Sé: soltura de balões brancos pelo atendimento humanizado
e digno na saúde pública
A manifestação incluiu representantes do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), APM, Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp), Academia Paulista de Medicina, Associação das Mulheres Médicas de SP, conselhos regionais de odontologia (Crosp-SP), enfermagem (Coren-SP) e fisioterapia (Crefito-SP), sociedades de especialidades (ginecologia, oftalmologia, geriatria, angiologia e cirurgia vascular, neurologia, cirurgia craniofacial), Fecomércio, União Nacional de Aposentados e centrais sindicais, entre outras entidades. Representando o Cremesp estiveram o vice-presidente, Mauro Aranha; a diretora 2ª secretária, Sílvia Mateus; e os diretores das delegacias regionais da capital e do interior, Aizenaque Grimaldi e Paulo Mariani, respectivamente.

Diretores do Cremesp participaram ativamente do ato público
pela saúde de qualidade
O Brasil investe apenas 4% do Produto Interno Bruto (PIB) em Saúde, enquanto nos demais países que possuem atendimento universal este percentual gira entre 8% e 10%. "Essa é a principal causa da baixa qualidade no atendimento. Saímos às ruas para protestar e dar o alerta, afinal o SUS é a principal conquista que garante o atendimento à saúde da população”, disse Florisval Meinão, presidente da APM.

"O SUS é uma garantia de Saúde universal e equânime, a qual todos lutamos” -
Mauro Aranha, vice-presidente do Cremesp
A questão do subfinanciamento do SUS foi lembrada por Eder Gatti, presidente do Simesp. “Estamos em defesa de um de nossos maiores bens dos brasileiros, que é o SUS. O sistema vive hoje atrofiado por falta de recursos e a população, sem a assistência adequada, vê a dengue atingir níveis cada vez mais preocupantes”.
Durante a mobilização, foram distribuídos adesivos, sacolas de lixos para carro e o Guia Saúde Popular – Conheça seus direitos, de utilidade para a população.
Abraço simbólico

Catedral da Sé: abraço simbólico pela dignidade humana no Brasil
Ao final da passeata, os manifestantes fizeram um abraço simbólico à Catedral da Sé por volta das 12 horas. “A Catedral é um símbolo da dignidade humana no Brasil. Não podemos deixar que a Saúde seja terceirizada para empresas internacionais comprometidas com o lucro e não com a saúde de brasileiros que não podem pagar. O SUS é uma garantia de Saúde universal e equânime, a qual todos lutamos”, afirmou Mauro Aranha.

Fotos: Osmar Bustos e Isabela Tellerman
Tags: mobilização, saúde, SUS, médicos, entidades, passeata, dia mundial da saúde.
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