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CAPA

EDITORIAL (pg. 2)
João Ladislau Rosa - Presidente do Cremesp


ENTREVISTA (pg. 3)
Miguel Srougi


POSSE (pg.4)
COSEMS e Ministério da Saúde


ESCOLAS MÉDICAS (pg. 5)
Instituições de ensino na mira do MEC


MAIS MÉDICOS (pg.6)
Fiscalização na Atenção Básica de Saúde


CARREIRA DE ESTADO (pg. 7)
Projeto é avaliado na ALESP


ENSINO MÉDICO (pgs 8-9-10)
Resultados continuam preocupantes


AGENDA (pg.11)
Cremesp marca presença em eventos relevantes para a classe


CFM (pg.12)
Artigos dos representantes de SP no Federal


JOVENS MÉDICOS (pg.13)
Novo canal de comunicação e informação para os médicos jovens


BIOÉTICA (pg. 16)
Maior interação com os médicos


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Edição 311 - 01-02/2014

EDITORIAL (pg. 2)

João Ladislau Rosa - Presidente do Cremesp


Temos de tirar a Medicina do Brasil da UTI

 

“O remédio é acirrar a fiscalização, para evitar que faculdades sem condições de bem formar continuem abrindo vestibulares”

 

Um primeiro olhar para a Medicina do Brasil nos dá a falsa impressão de que somos de primei­ríssimo mundo. Temos hospitais de alto nível, muitos profissionais de excelência, somos referência em diversas especialidades e, inclusive, atraímos pacientes de diversos locais do planeta para se tratarem aqui.

Lamentavelmente, a Medicina nada mais é do que um pequeno retrato de tudo o que ocorre em larga escala em nosso país. De fato, há ilhas de excelência, mas, ao entorno delas, convivemos com o horror de tsunamis.

A recente divulgação dos resultados do Exame do Cre­mesp, para averiguar a quantas anda a formação de nossos médicos, nos dá um quadro bem real de quem somos. Dos 2.843 recém-formados que participaram do teste no segundo semestre de 2013, um total de 1.684 – ou 59,2% deles – não atingiu o critério mínimo definido pelo Conselho. Ou seja, foram reprovados, pois acertaram menos de 60% do conteúdo da prova.

Este é um exemplo típico de distorção de nossas políticas sociais. Em uma área de relevância ímpar, a Medicina, a opção é por quantidade e não por qualidade. Eis alguns dados, para que não fique dúvida: hoje somos o segundo país do mundo em número de escolas médicas (214 para 200 milhões de habitantes), atrás apenas da Índia (272 para 1.210 bilhão de habitantes). Segundo o levantamento Demografia Médica no Brasil, divulgado pelo CFM em 2011, em número de profissionais de Medicina, só a China, EUA, Índia e Rússia nos superam.

Para o ano de 2014, o governo sinaliza com a abertura de algo em torno de mais 50 faculdades médicas, espalhadas de Norte a Sul. Óbvio que isso não resolverá o problema da assistência ao cidadão. Afinal, pelo evidenciado no Exame do Cremesp, estamos formando às baciadas, mas não podemos chamar grande parte desses graduados de médicos. Não por falhas deles, mas sim pela fragilidade do aparelho formador.

É hora de rever conceitos e tomar uma postura séria para tirar a Medicina da UTI. O remédio é acirrar a fiscalização, para evitar que faculdades sem condições de bem formar continuem abrindo vestibulares.  É inadmissível que continuem funcionando cursos sem instalações adequadas, com corpo docente inconsistente  e sem hospitais-escola para as aulas práticas. Isso não apenas leva à queda da qualidade e, consequen­te­mente, da atenção em saúde. De fato, é risco à saúde e à vida dos cidadãos.
 


Opinião

A imagem do médico
 

Paulo Cezar Mariani
Diretor coordenador das Delegacias do Interior do Cremesp

 

“Apesar de todos os esforços e do pesado jogo político e de marketing governamental, a imagem do médico  ainda continua a depender do relacionamento médico-paciente”

 

Nós, médicos, nos últimos meses, estamos sendo alvo de um verdadeiro bombardeio de propaganda negativa por parte do governo federal. A equipe do Ministério da Saúde tenta, de todas as formas, encontrar um culpado pelo caos que se encontra a Saúde Pública em todo o País. E nada mais fácil que culpar o profissional médico pelo mau geren­ciamento e a falta de recursos investidos na Saúde. Porém, caros colegas,  vocês já perceberam se mudou o conceito de seus pacientes em relação a você? Perguntaram a seus colegas de profissão se houve alguma alteração no relacionamento com seus pacientes?

Apesar de todos os esforços e do pesado jogo político e de marketing governamental, a imagem do médico  ainda continua a depender do relacionamento médico-paciente. E isso passa longe de propaganda eleitoreira.

O governo utiliza o Sistema Único de Saúde (SUS) como se fosse um mérito político. Os políticos devem lembrar-se de que o SUS é um sistema exemplar para o mundo, na medida em que atende a todos os cidadãos gratuitamente; e abrangente, oferecendo desde um atendimento ambulatorial até cirurgias e transplantes.  A sobrevivência do SUS, apesar de seu subfinanciamento,  só acontece graças à dedicação dos médicos e de outras profissões da área da Saúde que, por ideais e consciência social, o mantém vivo.

O médico precisa ter claro que sua imagem depende somente dele, de seu trabalho e dedicação. E aí, conscientizar seus pacientes  e identificar a eles quem são os verdadeiros “vilões” na próxima eleição.


 


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