

- APRESENTACAO
- Apresentação
- O que melhora a relação médico-paciente
- Os direitos do paciente
- Os direitos do médico
- Prontuário médico e consentimento do paciente
- Problemas no atendimento médico
- Condições de trabalho e remuneração
- O ensino médico
- Os meios de comunicação
- Responsabilidade profissional
- Denúncias e processos disciplinares
- Ações na Justiça
- Especialidades médicas com mais denúncias
- Principais queixas
- Processos e penalidades
- A quem recorrer: instâncias de cidadania
Livros do Cremesp
GUIA DA RELAÇÃO MÉDICO-PACIENTE - 2001
O que melhora a relação médico-paciente
Por parte do médico:
-
Prestar um atendimento humanizado, marcado pelo bom relacionamento
pessoal e pela dedicação de tempo e atenção necessários.
-
Saber ouvir o paciente, esclarecendo dúvidas e compreendendo suas
expectativas, com registro adequado de todas as informações no prontuário.
-
Explicar detalhadamente, de forma simples e objetiva, o diagnóstico e o
tratamento para que o paciente entenda claramente a doença, os benefícios do
tratamento e também as possíveis complicações e prognósticos.
-
Após o devido esclarecimento, deixar que o paciente escolha o tratamento
sempre que existir mais de uma alternativa. Ao prescrever medicamentos, dar a opção
do genérico, sempre que possível.
-
Atualizar-se constantemente por meio de participação em congressos,
estudo de publicações especializadas, cursos, reuniões clínicas, fóruns de
discussão na internet etc.
-
Ter consciência dos limites da Medicina e falar a verdade para o
paciente diante da inexistência ou pouca eficácia de um tratamento.
-
Estar disponível nas situações de urgência, sabendo que essa
disponibilidade requer administração flexível das atividades.
-
Indicar o paciente a outro médico sempre que o tratamento exigir
conhecimentos que não sejam de sua especialidade ou capacidade, ou quando
ocorrer problemas que comprometam a relação médico-paciente.
-
Reforçar a luta das entidades representativas da classe médica
(Conselhos, Sindicatos e Associações) prestando informações sobre condições
precárias de trabalho e de remuneração e participando dos movimentos e ações
coletivas.
Por parte do paciente:
-
Lembrar-se de que, como qualquer outro ser humano, o médico tem virtudes
e defeitos, observando que o trabalho médico é uma atividade naturalmente
desgastante.
-
Considerar cada médico principalmente por suas qualidades, lembrando que
em todas as áreas existem bons e maus profissionais. Ter claro que o julgamento
de toda a classe médica por conta de um mau médico não faz sentido.
-
Não exigir o impossível do médico, que só pode oferecer o que a ciência
e a Medicina desenvolveram. Da mesma forma, jamais culpar o médico pela doença.
-
Respeitar a autonomia profissional e os limites de atuação do médico.
Ele não pode ser responsabilizado, por exemplo, por todas as falhas dos serviços
de saúde, muitas vezes sucateado por seus gestores. Nesse sentido, é direito
do paciente denunciar e reivindicar para que o Estado cumpra sua obrigação.
Existem órgãos competentes para isso, como os Conselhos de Saúde e o Ministério
Público, além da direção dos próprios serviços.
-
Não exigir dos médicos exames e medicamentos desnecessários, lembrando
que o sucesso do tratamento está muito mais na relação de confiança que se
pode estabelecer com o médico.
-
Seguir as prescrições médicas (recomendações, dosagens, horários
etc.) e evitar a automedicação.
-
Ter consciência dos seus direitos (tratados a seguir).