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SP teve "catástrofe" de mortes em maio, diz Conselho de Medicina

A média diária de mortes por armas de fogo mais do que dobrou no Estado de São Paulo entre 12 e 20 de maio, com a onda de violência durante os ataques do PCC, mostrou um relatório divulgado nesta segunda-feira pelo Conselho Regional de Medicina (Cremesp),

SÃO PAULO (Reuters) - A média diária de mortes por armas de fogo mais do que dobrou no Estado de São Paulo entre 12 e 20 de maio, com a onda de violência durante os ataques do PCC, mostrou um relatório divulgado nesta segunda-feira pelo Conselho Regional de Medicina (Cremesp), que destaca ainda um grande número de tiros sofridos por cadáver.

O presidente do Cremesp, Desiré Carlos Callegari, disse que o Estado viveu uma "catástrofe sem precedentes" durante o período. Em alguns dias, a média de tiros por cadáver chegou a 6,9 na capital paulista e a 8,3 em Santos.

O relatório, solicitado pelo Ministério Público Federal, Ministério Público Estadual e pela Defensoria Pública, teve como base 492 laudos necroscópicos elaborados pelas 23 equipes médico-legais de São Paulo, cujas análises apontaram a causa de morte como sendo ferimentos por armas de fogo.

Eles incluem, no entanto, todas as mortes desse tipo e não apenas aquelas ligadas a confrontos com a polícia.

Com base no relatório, cerca de 54,3 pessoas por dia chegaram mortas por armas de fogo nos Institutos Médicos Legais (IMLs) do Estado, no período de 12 a 20 de maio. Em todo o ano de 2005, a média estadual diária foi de 20 mortos por arma de fogo, segundo a Secretaria da Segurança Pública.

"Considero o período analisado como uma catástrofe mesmo, agora, que tipo de catástrofe, não posso precisar", disse Callegari a jornalistas.

Ainda segundo o Cremesp, fica evidente que houve aumento expressivo da média de tiros por óbitos em alguns dias do período analisado, o que demonstra alteração no perfil das agressões por ferimento por armas de fogo.

Chamam a atenção do conselho as médias registradas em Santos (8,3 tiros por óbito) no dia 15 de maio, Guarujá (8,25 no dia 16) e São Paulo, com 6,9 tiros por morte no dia 13. Houve casos em que um mesmo cadáver foi alvejado por mais de 20 tiros.

Segundo Callegari, não há precedentes na história recente do Estado de um período tão violento como esse.

O pico de registros de mortes por armas de fogo ocorreu no dia 15 de maio, quando 117 corpos deram entrada nos IMLs do Estado. Só na capital, foram 40 pessoas. Segundo o Cremesp, o índice foge do padrão, uma vez que geralmente o pico dessas mortes ocorre nos fins de semana.

"Houve um problema que não segue a linha de anos anteriores. Saiu da rotina, do que é normal", disse Callegari, referindo-se ao número de tiros e mortos.

O Cremesp não divulgou dados relativos a tiros por cadáver em anos anteriores. E também exibiu gráficos que demonstram um expressivo aumento no número de mortes por armas de fogo na capital, em comparação aos mesmos dias dos anos de 2000 a 2004.

A entidade já está elaborando um relatório qualitativo, que deve especificar a trajetória dos tiros, as regiões atingidas do corpo e a proximidade dos disparos, entre outras informações. O relatório deve ficar pronto na primeira quinzena de julho. O objetivo é ajudar o Ministério Público nas investigações.

O Ministério Público Estadual, responsável pela instauração dos inquéritos que apuram as mortes, e o Federal, que acompanha o caso, não comentaram os números.

A Secretaria da Segurança Pública informou que o número oficial de mortes por armas de fogo relacionadas aos ataques do PCC é de 165. Desse total, 123 seriam supostos criminosos e 42, policiais civis, militares, agentes penitenciários e guardas civis.

A secretaria informou ainda que foram abertos inquéritos para apurar todas as mortes e que esses inquéritos indicarão a autoria dos crimes.

(Por Fabio Murakawa)

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