etica_em_homeopatia

89 Nesse mesmo ano, em decorrência dos resultados da terapêutica homeopática, Hahnemann foi chamado para ir a Áustria para prestar assistência médica ao Príncipe Schwarzenberg (o herói da “Guerra das Nações). 27 O príncipe apresentava um quadro de hemiplegia à direita e estava, desde 13 de julho de 1817, sob os cuidados do alopata Von Sax, sem lograr nenhumamelhora. 27 Como a prática da Homeopatia era proibida na Áustria, para indignação dos alopatas, o Príncipe vai a Leipzig para se tratar. Hahnemann instituiu tratamento medicamentoso, adoção de hábitos saudáveis de vida, alimentação adequada e abandono do abuso de bebidas alcoólicas. Amelhora foi evidente. 27 Porém, o Príncipe, logo que se sentiumelhor, recusou obediência ao regime dietético, retornando ao uso e abuso de bebidas alcoólicas e outros excessos habituais. A piora do mal não se fez esperar, tendo Hahnemann se afastado do caso após novas sangrias efetuadas pelo Dr. Von Sax. Cinco semanas depois, em 15 de outubro de 1820, o príncipe, aos 49 anos de idade, faleceu, vítima de um ataque de apoplexia27. Como era de se esperar, os professores da Universidade de Leipzig e os farmacêuticos que se sentiamafetados financeiramente pelo crescente sucesso da Homeopatia, atribuíram a Hahnemann a morte do Príncipe27. O professor Clarus, inimigo de Hahnemann, autopsiou o cadáver e apresentou argumentos capciosos para difamá-lo, obrigando-o a se mudar da cidade 27. A convite do Duque Ferdinand de Anhalt-Köthen, adepto da Homeopatia, e para escapar da perseguição dos alopatas, Hahnemann se muda para este ducado em 1821, onde fica até 1835, longe e protegido de seus oponentes. Insatisfeito com alguns efeitos desfavoráveis das substâncias medicamentosas nas experimentações e no tratamento, Hahnemann desenvolveu um processo técnico que veio a atenuar os efeitos tóxicos sem comprometer o poder terapêutico dessas substâncias. Para isto, utiliza o processo de diluição e sucussão sucessiva das soluções medicamentosas, método que ele denominou de dinamização. É assim que, em 1825, ele começa a empregar as chamadas doses infinitesimais com expressão patogenética e resultados terapêuticos muitomelhores que as soluções anteriormente utilizadas. A inexistência demassa nos medicamentos homeopáticos acentuou ainda mais as críticas dos não-homeopatas. Afirmavam eles não ser possível que uma solução desprovida de doses ponderais da substância medicamentosa tivesse qualquer ação. Desde então, até os dias atuais, este passou a ser o argumento mais incisivamente utilizado pelos não-homeopatas. Nele se baseia a per-

RkJQdWJsaXNoZXIy NjAzNTg=