26 atendidos no mesmo período. Ou seja, permitiu a possibilidade de atendimentos com uma hora de duração, ao invés dos quinze minutos tradicionalmente alocados. Previu, também, a implantação de laboratórios de manipulação de medicamentos homeopáticos e cursos de capacitação na área de Farmácia para a preparação de medicamentos constantes da farmacopeia homeopática brasileira, oficializada em 1976. Em 4 de maio de 2006, foi lançada a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no Sistema Único de Saúde, descrita na Portaria Nº 971 do Ministério da Saúde, a qual reafirma e amplia, sem revogar, a Resolução nº 4/88 da CIPLAN, normatizando de forma mais detalhada e integrada o seu uso na rede pública e definindo estratégias de pesquisas aplicáveis à nossa realidade. Em sua edição original, definiu a disponibilização da homeopatia, acupuntura, fitoterapia e crenoterapia para oferta no SUS, com foco na melhoria dos serviços e aumento da resolutividade das ações preventivas e terapêuticas, desenvolvidas junto aos usuários do SUS. Na incorporação da homeopatia no SUS, consoante a PNPIC, especial ênfase deveria ser dada às ações de prevenção de doenças e de promoção e recuperação da saúde, notadamente na atenção básica. Alinhada com a Estratégia da Saúde da Família (ESF) como eixo para a atenção básica, operacionalizada por meio de equipes de saúde compostas por profissionais da Medicina e Enfermagem, com apoio de agentes de saúde, foram previstas ações educacionais para capacitação em homeopatia dos médicos que atuam na atenção básica. Com o crescimento da especialidade de Medicina de Família e Comunidade no Brasil, há espaço para a formação, em módulos compactos, do profissional médico atuante em Saúde da Família e Comunidade para prescrever a homeopatia em nível primário, sem prescindir de médicos especialistas com atuação na atenção secundária. A facilidade de acesso às matérias-primas básicas, baixa exigência tecnológica para sua preparação, pequeno custo do tratamento associados à ampla aceitabilidade popular, viabilidade econômica e eficácia terapêutica, evidenciada majoritariamente na prática clínica e secundariamente em estudos clínicos controlados, tornam a homeopatia uma terapêutica medicamentosa socialmente apropriada à realidade brasileira, que pode complementar ou mesmo substituir algumas práticas terapêuticas hoje empregadas hegemonicamente pela comunidade médica. O Sistema Único de Saúde do Brasil, fundamentado nos princípios da universalidade da cobertura e da integralidade
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