133 ção, que aborda o indivíduo nos estágios iniciais do adoecer, como é a homeopatia, e a medicina tecnológica e intervencionista, que atua em estágios mais avançados ou irreversíveis das patologias, sendo essa abordagemmais eficiente para todos.8 Desde a crise econômica mundial ocorrida em 2008, até a atual pandemia de Coronavírus que iniciou em 2020, pode-se perceber que acentuaram-se os abismos socioeconômicos entre os países e outras dificuldades surgiram com relação ao acesso à saúde para as populações mais excluídas e vulneráveis.9 Diante dessa realidade, é crucial que os preceitos estabelecidos em Alma Ata sejam valorizados, garantindo o acesso da população aos serviços de saúde e fortalecendo o investimento na atenção primária e abordagens mais humanizadas. Em um contexto em que a população mundial cresce rapidamente e as questões relacionadas à sustentabilidade geram tensões constantes, o modelo biomédico da medicina revela-se insuficiente para atender a todas as demandas médicas. Nesse sentido, a complementaridade entre sistemas médicos e práticas terapêuticas, adaptadas às particularidades culturais e econômicas locais, pode se mostrar uma solução efetiva para os problemas de saúde atuais. Alguns países no mundo já oferecem uma diversidade de racionalidades médicas de maneira equilibrada, coexistindo com sucesso com o modelo biomédico.10 As Práticas Integrativas e Complementares (PIC) desempenham umpapel fundamental na consolidação da atual proposta de saúde, pois valorizama integralidade, apresentambaixo custo e contribuempara a redução de efeitos colaterais de drogas, entre outros benefícios. O modelo homeopático, por ser caracterizado por uma abordagem individualizada, que considera os determinantes éticos, filosóficos, antropológicos, psicológicos e socioambientais na compreensão do processo saúde-doença e no tratamento das enfermidades, colabora com as recomendações atuais sobre a bioética populacional de maneira clara, promovendo a integração entre esses dois campos de conhecimento.11 A Homeopatia é um método que pode enriquecer e fortalecer o sistema de saúde nas atuais recomendações mundiais e melhorar a qualidade de vida, contribuir para a qualidade do desenvolvimento econômico e social, melhorar a saúde e o desenvolvimento das comunidades locais, salvaguardar as diferenças culturais, chamar a atenção em centros de saúde destinados ao bem estar físico, mental, espiritual e social dos indivíduos e do meio ambiente.
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