125 com normas para regulamentação ética de pesquisas em saúde – para que fossem cumpridos os requisitos éticos previstos na Declaração de Helsinque, inclusive com submissão do protocolo a uma Comissão de Ética ou Comitê de Pesquisa em Voluntários Humanos19 . Ao lado da confidencialidade dos dados e sugestão de protocolo – com randomização, duplo mascaramento e crossover - foi ainda pontuado no artigo acima que “qualquer ensaio clínico que seja metodologicamente incorreto pode ser considerado antiético, pois expõe o ser humano a riscos e situações desagradáveis, desnecessárias e inúteis sem proporcionar conclusões válidas”. CONSIDERAÇÕES FINAIS A validade e a confiabilidade das informações produzidas a partir de ensaios patogenéticos homeopáticos é fundamental para o êxito da prática clínica e da pesquisa em homeopatia. Os EPHs foram uma contribuição original da homeopatia, no campo da ciência médica experimental, para identificar alterações predominantemente psíquicas, e secundariamente físicas, induzidas por medicamentos ultradiluídos e sucussionados em voluntários aparentemente sadios. A descoberta precoce de mudanças sensoriais, altamente subjetivas, num determinado paciente ainda sem as manifestações clínicas da doença, pode ser a chave para a prescrição de um medicamento homeopático que venha a corrigir rapidamente o desvio pressentido da normalidade, ainda sob a forma de sensação, levando à desejada prevenção secundária. Tais manifestações, habitualmente, não constam dos relatos de intoxicações, nem tampouco dos modernos estudos de fase 1 para teste de drogas, dos quais os EPHs podem ser considerados como precursores. A questão da validade e confiabilidade da MMH é crucial para o sucesso da prática clínica e desenvolvimento de pesquisas clínicas reproduzíveis e confiáveis. McIntyre e Popper20 (1983), na introdução de seu trabalho sobre uma atitude crítica em Medicina e a necessidade de uma nova ética, escreveram: “Enganos acontecem em Medicina como em outros setores da vida. As suas conseqüências podem ser triviais, mas freqüentemente são sérias e podem ser catastróficas.... Medidas podem ser tomadas para corrigir erros mas, em muitos casos, o engano é irrevogável; o único benefício é a prevenção de erros semelhantes no futuro”.
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