etica_em_homeopatia

123 em EPHs se não forem adequadamente acompanhadas8 . Novas diretrizes metodológicas para a realização de EPHs têm sido editadas, e revisadas, desde a criação da homeopatia. Além das críticas às experimentações originais de Hahnemann, foram propostos mais recentemente outros procedimentos para minimização de vieses. No Brasil, a Comissão de Pesquisa da Associação Médica Homeopática Brasileira, desenvolveu em 1995 um Protocolo Nacional de Experimentação Patogenética9 , que serviu de base para a realização de estudos multicêntricos em núcleos formadores de médicos homeopatas. A preocupação com a confiabilidade das informações patogenéticas já publicadas levou à proposta de um protocolo de pesquisa direcionado para revisão bibliográfica das patogenesias10 . Foi publicada em 2007 uma revisão sistemática11 dos EPHs, publicados em 6 idiomas entre 1945 e 1995, com especial ênfase na avaliação da qualidade metodológica das publicações, com a colaboração de experientes pesquisadores em EPHs. Realizou-se análise criteriosa de 156 publicações que descreveram efeitos patogenéticos de 143 medicamentos testados em 2.815 voluntários, sendo identificados no total 20.538 efeitos patogenéticos. Um índice de qualidade metodológica foi desenvolvido levando em consideração quatro componentes: randomização, mascaramento de voluntários e investigadores, critérios de inclusão e exclusão e critérios pré-definidos para atribuição causal dos efeitos patogenéticos relatados. O uso do placebo para controlar os resultados foi enfatizado, ao lado de procedimentos corretos de randomização e mascaramento, instrumentos válidos e confiáveis de mensuração de resultados e delineamentos experimentais que pudessem conjugar avaliações qualitativas e quantitativas. Na Europa, o Subcomitê de EPHs do Comitê Europeu de Homeopatia elaborou em 2105 diretrizes para a condução e documentação dos estudos, com sugestão de protocolo, aprovadas pela Liga Medicorum Homoeopathica Internationalis12 . As diretrizes abrangem os tópicos relacionados aos EPHs, incluindo sua natureza experimental, propósitos, substâncias, diluições, posologia, doses, efeitos adversos, duração, pré-observação, grupo controle, mascaramento, participantes, tamanho da amostra, consentimento livre e esclarecido, critérios de desistência e retirada, registro e análise dos efeitos patogenéticos, qualificação e tarefas dos pesquisadores envolvidos. O Conselho Central de Pesquisa em Homeopatia da Índia13 , vinculado ao Ministério de Ayurveda, Yoga

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