CAPA
PONTO DE PARTIDA (PÁG.1)
Reflexões sobre temas desafiadores e essenciais
ENTREVISTA (PÁG. 4)
Regina Parizi "As mulheres precisam aceitar mais desafios"
CRÔNICA (PÁG. 10)
Não estou a seu serviço
VANGUARDA (PÁG.12)
Novos avanços no tratamento do câncer
CONJUNTURA (PÁG.16)
A escravidão não acabou
DEBATE (PÁG.20)
Somos o país mais corrupto do mundo?
SINTONIA (PÁG.26)
A doença como metáfora
HOBBY (PÁG. 30)
Todas as cores do mar
GIRAMUNDO (PÁG.34)
Arte, genética e ciência
PONTO COM (PÁG.36)
-
CULTURA (PÁG. 38)
Kobra, muralista internacionalmente reconhecido, começou fazendo grafites
TURISMO (PÁG. 42)
Santiago de Compostela
CARTAS E NOTAS ( PÁG. 46)
-
MÉDICOS QUE ESCREVEM (PÁG. 47)
Retrato da vida
FOTOPOESIA (PÁG. 48)
Em tudo nela brilha e queima
GALERIA DE FOTOS
PONTO DE PARTIDA (PÁG.1)
Reflexões sobre temas desafiadores e essenciais
A corrupção tem sido o tema mais recorrente na mídia e entre a população em geral, nos últimos anos. Compartilhamos da indignação que essa prática nociva desperta, sem deixar de perceber que – em meio ao sofrimento social provocado por radicalismos e paixões nascidos dentre os vários espectros políticos do país – precisamos enxergar com clareza os caminhos democráticos que nos levarão a superar essa crise deletéria.
Impõe-se, portanto, uma reflexão isenta e profunda que jogue luzes onde há sombras e caos. Colaborar para encontrar respostas para tal desafio é o objetivo do debate sobre corrupção desta edição da Ser Médico, que traz dois nomes habilitados e respeitados para abordar o assunto, o professor de Ética Roberto Romano e o empresário e ativista social Oded Grajew. Ambos analisam com lucidez a corrupção no contexto mundial e no Brasil, apontando algumas soluções para superá-la ou, pelo menos, amenizá-la, como fizeram alguns países.
A entrevista com a dra. Regina Parizi – até o momento, a única mulher a ocupar a presidência deste Conselho em seus 60 anos de existência – traz também uma importante e ponderada reflexão sobre o papel da mulher na sociedade contemporânea, incluindo as médicas. Regina comenta a quase estagnação da participação feminina, principalmente na ocupação de cargos de maior responsabilidade, após um boom durante o qual as mulheres foram protagonistas de diversos avanços.
A eficácia sem precedentes dos novos tratamentos do câncer – que trazem, porém, a contrapartida de custos crescentes e, portanto, escolhas difíceis – é outro tema essencial desta edição. O artigo conclui que “nós, médicos, temos a grande responsabilidade de liderar esse processo de discussão, oferecendo à sociedade nossa análise de forma transparente, para fazermos juntos tais escolhas”. O Cremesp, certamente, estará sempre presente nesse processo, buscando colaborar no estabelecimento dos melhores consensos.
Outra matéria fundamental é a que aborda o trabalho escravo contemporâneo, no Brasil e no mundo. Como cidadãos, não podemos fechar os olhos para essa inaceitável realidade, em pleno século 21. Segundo o relatório Estimativa Global da Escravidão Moderna, 40,5 milhões de pessoas no mundo ainda vivem em situação análoga à escravidão.
Uma análise do livro Doença como metáfora, da escritora norte-americana Susan Sontag, e várias outras matérias e seções interessantes completam mais esta edição da Ser Médico. Boa leitura!
Lavínio Nilton Camarim
Presidente do Cremesp