CAPA
PONTO DE PARTIDA (PÁG. 1)
Cremesp 60 anos: Medicina ética e decisões históricas
ENTREVISTA (PÁG. 4)
Nelson Guimarães Proença
CRÔNICA (PÁG. 12)
O mundo correu tanto que parou
HISTÓRIA (PÁG. 14)
Defesa da ética médica e vanguardismo
REPERCUSSÃO (PÁG. 34)
O que significa o Cremesp?
EM FOCO (PÁG. 36)
Perfil do médico paulista está em transformação
COMUNICAÇÃO (PÁG. 38)
Comunicação
CULTURA (PÁG. 41)
A Medicina nas obras de Tide Hellmeister,o mestre da colagem
FUTURO
Os próximos 60 anos
FOTOPOESIA (PÁG. 48)
Fotopoesia
GALERIA DE FOTOS
PONTO DE PARTIDA (PÁG. 1)
Cremesp 60 anos: Medicina ética e decisões históricas
Esta edição especial da Ser Médico, comemorativa dos 60 anos do Cremesp, não poderia ter melhor abertura senão a entrevista com Nelson Guimarães Proença. Médico e cidadão exemplar, ele começou a clinicar na periferia de São Paulo quando este Conselho dava também seus primeiros passos.
Ambos cresceram juntos. O Dr. Proença como médico ético, professor competente, líder vigoroso do movimento médico, vereador digno, defendendo sempre a saúde pública de qualidade e o exercício humano da Medicina. Um símbolo dos médicos paulistas nas últimas décadas, ainda ativo e clinicando, aos 85 anos.
O Cremesp, como se pode ler nas páginas seguintes, no resumo sucinto de sua história, foi, ao longo das décadas, fortalecendo cada vez mais seu papel de guardião da ética médica. E indo além, ao demonstrar que a ética está também vinculada às condições de trabalho dos médicos e às definições e efetivação de políticas públicas de saúde, de qualidade. Ao agir assim, este Conselho assumiu um papel de vanguarda no setor da saúde no País, tomando iniciativas históricas.
Dentre inúmeras delas, cabe destacar a luta pela regulamentação dos planos de saúde, que resultou, inclusive, em lei federal; a defesa intransigente do SUS; a Resolução relativa à terminalidade da vida que, de tão fundamental, tornou-se artigo do Código de Ética Médica; o combate à publicidade médica abusiva, e o Exame do Cremesp, cujas resistências por parte de muitos sucumbiram às evidências de sua importância no momento em que a proliferação desenfreada de novas escolas médicas ameaça a boa Medicina.
Repercussão do trabalho do Cremesp, mudanças no perfil dos profissionais paulistas, que caminha para ser mais igualitário e justo; e os meios de comunicação, imprescindíveis para informar à categoria e à sociedade as ações do Cremesp são alguns dos outros assuntos desta edição especial, cuja leitura recomendamos.
E, para finalizar, um olhar para o futuro nas declarações de estudantes de Medicina de diferentes escolas, analisando o que é ser médico e comentando as perspectivas da prática médica nas próximas décadas. Com receios, sim, mas também com muita vocação e esperança para exercer a Medicina com ética e qualidade. O Cremesp deseja que eles venham a ser os novos Dr. Proença.
Lavínio Nilton Camarim
Presidente do Cremesp