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CAPA

PONTO DE PARTIDA (pág. 1)
Mauro Gomes Aranha de Lima - Presidente do Cremesp


ENTREVISTA (pág. 4)
Rubens Belfort Jr.


CRÔNICA (pág. 10)
Mariana Kalil


SINTONIA (pág. 12)
Tempos Líquidos


ESPECIAL (pág. 16)
Agrotóxicos


EM FOCO (pág. 22)
Sarcopenia


CONJUNTURA (pág. 26)
O maior de todos os vazios


GIRAMUNDO (pág. 30)
Arte, genética e ciência


PONTO COM (Pág. 32)
Mundo digital & tecnologia científica


HISTÓRIA DA MEDICINA (pág. 34)
Freud, Sherlock Holmes e Coca-cola


CULTURA (pág. 38)
A escola que revolucionou o design e a arquitetura


TURISMO (pág. 42)
Dubrovnik, a pérola do Adriático


MÉDICOS QUE ESCREVEM (pág. 46)
Música barroca e psicanálise


FOTOPOESIA (pág. 48)
Como nossos pais


GALERIA DE FOTOS


Edição 79 - Abril/Maio/Junho de 2017

TURISMO (pág. 42)

Dubrovnik, a pérola do Adriático

Dubrovnik, a pérola do Adriático

Praias banhadas por um mar azul, construções medievais, arquitetura veneziana
e muito charme fazem de Dubrovnik uma cidade especial

Localizada na região costeira da Croácia, a cidade de Dubrovnik é opção de destino para quem procura um lugar pitoresco e histórico para conhecer. Banhada pelo mar Adriático, a cidade – com pouco mais de 40 mil habitantes – é procurada por turistas atraídos por suas belezas naturais e construções medievais. “Se querem ver o paraíso na Terra, venham a Dubrovnik”, disse uma vez o escritor irlandês George Bernard Shaw.

A “pérola do Adriático”, como é conhecida, possui uma costa repleta de ilhas e praias que fazem dela um destino singular, ao reunir, também, arquitetura medieval, restaurantes à beira-mar e o centro histórico conhecido como Old Town, cercado por muralhas construídas entre os séculos 16 e 18. Maior cartão postal da cidade, as muralhas foram classificadas como Patrimônio Mundial, pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), em 1979. Outra característica é a arquitetura veneziana; a cidade foi governada por Veneza nos séculos 13 e 14.

Seu centro histórico abriga diversos pontos turísticos como a “A Grande Fonte de Onofrio”, construída de 1438 a 1444, como parte de um sistema de abastecimento de água de um poço, que fica a 12 km de distância, e fornece água fresca para os visitantes. Outra parada obrigatória é a Torre do Relógio, a mais alta da cidade, que fica ao lado da Igreja de São Brás. Quem planeja conhecer a cidade não pode deixar de incluir no roteiro, também, algumas atrações como a Igreja de São Sávio, Mosteiro Franciscano e a Igreja de São Brás.

Revivendo memórias

 A bela Trogir

Conhecer Dubrovnick não poderia deixar de ser inesquecível para o delegado do Cremesp, Nicola Hugo Prizmic, da Delegacia Regional Norte da cidade de São Paulo. Filho de croatas – seus pais nasceram em Blato, na ilha de Korzula, e emigraram para o Brasil em 1925 –, ele visitou o país, pela primeira vez, em 2014. Além de Dubrovnik, conheceu também as cidades de Trogir, Zadar, Plit­vica. Todas chamaram sua atenção devido à beleza, limpeza, organização e hospitalidade dos habitantes.

Como grande parte dos turistas, em Dubrov­nick, o médico recomenda conhecer as muralhas centenárias que circundam a cidade. “São imperdíveis”, garante. Nas ruas estreitas do centro histórico, lembra, não há circulação de veículos e grande parte das igrejas é dedicada a São Nicola. Outro ponto que chamou sua atenção foi a Rua Principal, cujo piso é de pedra dolomita. “Parece não ser afetado pela passagem do tempo, pois é totalmente liso e brilhante, parece encerado”, recorda.

Em Zadar, Prizmic indica, se o clima permitir, o belíssimo pôr do sol em uma praça construída para observar esse espetáculo, cujo piso é feito com placas para captar os raios solares. “É uma atração à parte”, observa.

Apesar de utilizar o alfabeto latino, o idioma croata é completamente diferente do português. O médico teve contato com a língua durante a infância, já que o idioma era falado por seus pais. Os croatas admiravam-se quando ele falava a língua nativa, mas os latinos, em geral, encontram muita dificuldade na pronúncia.

História reúne resistência e separatismo

No início da Segunda Guerra Mundial, a Croácia fazia parte do Reino da Iugoslávia quando as tropas nazistas invadiram seu território. Liderados por Josip Broz Tito, os guerrilheiros da resistência, os partisans, resistiram à invasão da Alemanha. Após a guerra, já com o título de marechal,Tito assumiu o controle da região, que passou a ser formada pela Sérvia, Montenegro, Eslovênia, Croácia, Macedônia e Bósnia Herzegovina, dirigindo o país de 1953 até morrer, em 1980. O dirigente foi fundador do Movimento dos Países Não-Alinhados, cujos membros mantiveram-se neutros durante a Guerra Fria entre países ocidentais e a União das Repúblicas Soviéticas Socialistas (URSS).

Respeitado como estadista por boa parte do mundo,Tito foi considerado, no entanto, para muitos de seus compatriotas, um ditador que sufocou os desejos de liberdade e independência dos diferentes povos que formavam a Iugoslávia. Após sua morte, esses conflitos eclodiram, dando origem a uma sangrenta guerra separatista. Em 1991, tropas sérvias e montenegrinas invadiram Dubrovnik. Além de centenas de mortos, o conflito afetou um em cada três edifícios da cidade que, após a guerra, passou a integrar a Croácia.

Dentre as várias igrejas, a de São Brás é uma das mais visitadas

Em 1995, por meio de um acordo entre a Unesco e a União Europeia, as áreas atingidas foram reconstruídas, e o turismo local voltou a florescer. Já em 2013, a Croácia passou a fazer parte da União Europeia e, desde então, passou a adotar o euro como a sua moeda.

O único problema para os turistas são as inúmeras ladeiras da cidade. Mas vale a pena o esforço. Por isso, também, o teleférico (Dubrovnik Cable Car) é um dos pontos turísticos mais procurados pelos visitantes. Ele os deixa no alto de uma montanha, de onde é possível admirar a cidade por um ângulo diferente. O lugar tem atraído um número maior de visitantes, ultimamente, porque serviu de cenário para a série Game of Thrones.

As diversas opções de passeios turísticos agradam a todos os gostos. Para quem gosta de esporte, por exemplo, é possível fazer passeios de caiaque pelo mar. Tours de lanchas às belíssimas praias dos arredores também estão disponíveis.

A culinária da região é um atrativo à parte, composta, basicamente, por frutos do mar. Mas tem também a típica linguiça artesanal “Rosata”. Quem visitar a cidade não pode deixar de prová-la, assim como o azeite croata, os vinhos e as cervejas regionais.

Colaborou Caroline Ferrari

 


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