CAPA
PONTO DE PARTIDA (Pág. 1)
Mauro Gomes Aranha de Lima
ENTREVISTA (Pág. 4 a 9)
Maria Elizete Kunkel
CRONICA (Pág. 10 e 11)
Tati Bernardi*
SINTONIA (Pág. 12 a 15)
Literatura & Medicina
DEBATE (Pág. 16 a 22)
Diretivas Antecipadas de Vontade
LIVRO DE CABECEIRA (Pág. 23)
Caio Rosenthal*
EM FOCO (Pág. 24 a 27)
Rodolpho Telarolli Junior*
HISTÓRIA DA MEDICINA - (Pág. 28 a 31)
Edgard Roquette-Pinto
GIRAMUNDO (Pág. 32 e 33)
Avanços da ciência
PONTO COM - (Pág. 34 e 35)
Mundo digital & tecnologia científica
HOBBY (Pág. 36 a 39)
Médico & Fotógrafo
CULTURA (Pág. 40 a 43)
Cultura maia
TURISMO (Pág. 44 a 47)
Uma viagem à capital tcheca
FOTOPOESIA (Pág. 48)
Guilherme de Almeida
GALERIA DE FOTOS
GIRAMUNDO (Pág. 32 e 33)
Avanços da ciência
“Atalho neural” em tempo real
Pela primeira vez no mundo, um “atalho neural” deu origem a movimentos no corpo humano em tempo real. O feito, publicado pela revista Nature, foi realizado por pesquisadores dos Estados Unidos que conectaram a área motora do cérebro de um paciente quadriplégico aos músculos do antebraço, fazendo com que o voluntário executasse movimentos com as mãos e girasse o pulso. Para isso, foram implantados microeletrodos no cérebro do paciente e algoritmos de aprendizado de máquina foram usados para traduzir sinais cerebrais em movimentos musculares.
Sensor detecta câncer, Alzheimer e Parkinson
Um biosensor que detecta câncer, Alzheimer e Parkinson foi desenvolvido por pesquisadores do Laboratório Nacional de Nanotecnologia (LNNano), em Campinas. O aparelho consegue identificar moléculas relacionadas às doenças neurodegenerativas e alguns tipos de câncer, ajudando no diagnóstico mais rápido, seguro e barato, pois tem baixo custo, além de ser portátil. A iniciativa faz parte do projeto “Desenvolvimento de novos materiais estratégicos para dispositivos analíticos integrados”, que envolve profissionais de diferentes áreas na elaboração de dispositivos point of care – sistemas de testes simples executados junto com o paciente.
Antes de Cabral
Os estudos da colonização humana precisam ser reavaliados utilizando dados genômicos, afirmou a pesquisadora Anna-Sapfo Malaspinas, autora de uma pesquisa publicada, recentemente, na revista Current Biology. Segundo ela, os índios botocudos – que ocupavam as regiões onde hoje se encontram os Estados de Minas Gerais e Espírito Santo – têm DNA originário da Polinésia.
Os pesquisadores não encontraram no DNA dos crânios de dois desses índios, que usavam botoques – grandes discos de madeira que alargam boca e orelhas –, nenhum traço de ancestralidade de americanos nativos. A descoberta é importante porque reforça a tese de que os polinésios participaram do povoamento da América, chegando ao Continente muito antes dos europeus.
Das escamas para os dentes
O esmalte de nossos dentes é originário das escamas dos peixes, segundo um estudo publicado na revista Nature. Realizado por pesquisadores da Universidade de Uppsala, na Suécia, e do Instituto de Paleontologia dos Vertebrados e de Paleontologia (IVPP), de Pequim, o artigo mostra que o esmalte dentário está presente apenas nos vertebrados, mas a ganoína, tecido que lembra o esmalte, está nas escamas de inúmeros peixes fósseis e alguns peixes primitivos que ainda vivem. Todavia, para descobrir a época e como o esmalte colonizou os dentes serão necessárias outras análises.
Sobre as águas
Já pensou na possibilidade de criar gado e plantar alimentos sobre a água? Bem... no Brasil talvez não seja uma necessidade, mas na Holanda, onde faltam terras, faz sentido. Lá, uma Fazenda Flutuante, como é chamada, está sendo construída sobre um suporte que boia e pode ser instalada no mar, em lagos ou rios. Prevista para ser inaugurada em janeiro de 2017, a unidade será instalada no porto de Roterdã, fruto de uma parceria entre a Universidade de Wageningen e empresas privadas. O modelo, além de economizar espaço em terra, poderá diminuir os gastos com transporte e a emissão de gases poluentes, garantem seus idealizadores.
Entre o muro e a morte
A organização humanitária internacional Médicos Sem Fronteiras (MSF) anunciou em junho último que não irá mais receber fundos da União Europeia (EU) e de seus Estados-membros, “em oposição às suas políticas de dissuasão danosas e à intensificação das tentativas de empurrar as pessoas e seu sofrimento para longe da costa da Europa”.
A decisão foi tomada após o acordo entre a UE e a Turquia, em março, segundo o qual todos os imigrantes irregulares que cheguem do território turco até as ilhas gregas serão devolvidos à Turquia. “Refugiados têm a morte às suas costas e um muro à sua frente”, criticou também o alto comissário da ONU para os Direitos Humanos, Zeid Ra’ad Al Hussein, em pronunciamento sobre as restrições dos países europeus em suas fronteiras.
“Elas” na arte brasileira
Um belo e interessante resumo da ascensão feminina na arte brasileira pode ser visto no Museu de Arte Brasileira da Fundação Armando Álvares Penteado (MAB-Faap), na exposição “Elas – mulheres artistas no acervo do MAB”. Ao todo, são 82 pinturas, gravuras, desenhos, esculturas, objetos, fotografias e vídeos de 64 artistas, entre elas Anita Malfatti, Tarsila do Amaral, Tomie Ohtake, Carmela Gross,
Djanira, Niobe XandMira Schendel e Maria Bonomi. A participação feminina na arte do País foi reconhecida a partir do Modernismo, por volta dos anos 20 do século passado, quando a mulher passou a ocupar espaços majoritariamente dominados por artistas homens nas esferas artística, cultural e social.
A mostra pode ser vista até o dia 25 de setembro, de segunda a sexta-feira (com exceção das terças), das 10h às 18h; aos sábados, domingos e feriados, das 10h às 17h. Entrada livre.
Células de verão ou de inverno?
Cientistas descobriram como o corpo rastreia a passagem das estações do ano com uma espécie de “calendário químico”, segundo um estudo publicado na revista Current biology. Pesquisadores – das universidades de Manchester e de Edimburgo, no Reino Unido – relatam ter encontrado um grupo de milhares de células em cérebros de ovelhas que podem existir no “modo verão” ou “modo inverno”. O primeiro seria identificado em dias mais longos, enquanto o segundo, quando anoitece mais cedo. Esse relógio anual determinaria quando os animais procriam e hibernam e, no caso humano, poderia regular o relógio biológico.
(Colaborou: Natália Oliveira)