CAPA
PONTO DE PARTIDA (pág.1)
Renato Azevedo Júnior - Presidente do Cremesp
ENTREVISTA (pág.5)
Marcel de Souza
CRÔNICA (pág.11)
Francisco Assis de Sousa Lima*
EM FOCO (pág.13)
Márcio Melo*
CONJUNTURA (pág.15)
Abuso sexual
DEBATE (pág.18)
Doença negligenciada
GIRAMUNDO (pág.24)
Curiosidades da ciência e tecnologia, da história e da atualidade
PONTO.COM (pág.26)
Informações do mundo digital
HISTÓRIA DA MEDICINA (pág.28)
Tributo a John Snow
HOBBY (pág.31)
Entre o hospital e o hipismo
SUSTENTABILIDADE (pág.34)
Uma casa ecológica
LIVRO DE CABECEIRA (pág.37)
Dicas de leitura da Redação
CULTURA (pág.38)
É DO BRASIL!
MAIS CULTURA(pág.42)
Museu de Arte Contemporânea
CARTAS & NOTAS (pág.43)
Exame do Cremesp agora é obrigatório
TURISMO (pág.44)
Mato Grosso do Sul
FOTOPOESIA (pág.48)
Odylo Costa, filho
GALERIA DE FOTOS
GIRAMUNDO (pág.24)
Curiosidades da ciência e tecnologia, da história e da atualidade
Ponto para Obama
Não é nenhuma revolução, mas a reforma da saúde proposta pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, enfrentou uma feroz resistência dos conservadores. E eis que, finalmente, depois de três anos de sua proposição e da tumultuada tramitação no Congresso, ela foi referendada pela Suprema Corte norte-americana, no final de junho. Com isso, Obama poderá começar a colocar em prática seu plano de diminuir as gigantescas desigualdades no atendimento à saúde daquele país. Cerca de 30 milhões de norte-americanos não têm acesso algum ao sistema, enquanto os 250 milhões que possuem planos ou seguros de saúde enfrentam constantes obstáculos colocados por essas empresas. A reforma obriga, entre outros intrincados itens, que todos os cidadãos contratem planos de saúde. Os de menor poder aquisitivo contarão com subsídios, que variam conforme a renda. Para os que não têm nenhuma, o projeto aumenta as verbas para o Medicaid. As seguradoras, por seu lado, não poderão, entre outros itens, se negar a fazer coberturas das chamadas doenças pré-existentes. Contudo, a reforma só será realmente colocada em prática se Obama for reeleito em novembro próximo, porque o candidato presidencial republicano, Mitt Romney, já avisou que, se ganhar, vai aboli-la.
Poluição I
A massa de detritos de plástico no Oceano Pacífico aumentou cerca de cem vezes, divulgou, recentemente, o Instituto Oceanográfico Scripps, que pesquisou uma área a 1 mil quilômetros ao Oeste da Califórnia. Em consequência, o inseto Halabates sericeus está se multiplicando ao colocar seus ovos em fragmentos de plásticos. A grande quantidade de lixo na área deve-se ao denominado giro Pacífico Norte, um sistema de circulação de água que cria uma zona de convergência nas imediações do Havaí e da costa californiana.
Poluição II
Cientistas espanhóis criaram um peixe-robô que identifica, rapidamente, poluição nos oceanos. Equipado com sensores químicos que fazem, imediatamente, a análise do material coletado, o robô, denominado The Shoal Constortium, comunica as anormalidades diretamente às autoridades, indicando a localização da fonte de poluentes. O equipamento também pode se comunicar com outro e retorna automaticamente para a base quando acaba a bateria, que dura oito horas.
Grafite poderoso
Parece foto, mas não é. A imagem ao lado é um dos incríveis desenhos do artista escocês Paul Cadden. Adepto da técnica conhecida por hiper-realismo, que utiliza apenas lápis grafite e dispensa qualquer equipamento, ele se destaca pela extraordinária verossimilhança de suas obras. Em entrevista ao jornal britânico Daily Mail, Cadden – que começou a desenhar aos seis anos e hoje tem 47 – explicou que procura saber a história das pessoas ou das coisas antes de desenhá-las. Se for, por exemplo, um veterano de guerra, esta informação “muda o sentido do desenho”, revelou.
Mortes evitáveis
Cerca de 5 milhões de crianças com menos de cinco anos de idade morreram, em 2010, vítimas de doenças evitáveis, como pneumonia, diarreia e malária, segundo estudo publicado na revista Lancet, em junho. Os dados mostram que o mundo está longe de diminuir, em dois terços, a mortalidade infantil até 2015, meta estabelecida pela Organização das Nações Unidas (ONU) na virada do milênio. Desde 2000, a redução foi de 26%. Cinco países – Índia, Nigéria, República Democrática do Congo e China – correspondem a quase metade das mortes de crianças nessa faixa etária, afirma a pesquisa.
Assim seja!
O futuro – pasmem os céticos – será melhor do que nós imaginamos. É o que garante o médico, microbiologista, engenheiro espacial e empresário, Peter Diamandis. Responsável quase solitário pelo incipiente setor de turismo espacial, ele escreveu, juntamente com o jornalista Steven Kotler, o livro Abundance – The Future is Better than you Think (Abundância – O futuro é melhor do que você pensa), lançado, recentemente, nos Estados Unidos, e ainda sem tradução para o português. Segundo os autores, o desenvolvimento tecnológico – aliado aos grandes investimentos em inovação com objetivos sociais, por parte de novos bilionários e empresas como Google e Bill Gates, da Microsoft – criará, nas próximas décadas, um mundo em que “9 bilhões de pessoas terão acesso à água limpa, alimentação nutritiva, habitação a preços acessíveis, educação personalizada, atendimento médico de alto nível e energia não poluente e onipresente”.
41 mil anos de arte
A arte é mais antiga do que se pensava. Cientistas da Universidade de Barcelona, na Espanha, e de Bristol, no Reino Unido, descobriram pinturas na caverna El Castillo, no norte espanhol, de, pelo menos, 40,8 mil anos atrás. A pesquisa, publicada na revista Science, em junho, demonstra que a prática de pintar cavernas começou 10 mil anos antes do que se projetava até agora. E indica, também, que esses desenhos – imagens de mãos e discos – podem ter sido feitos tanto pelos primeiros humanos anatomicamente modernos, como, talvez, por neandertais. Se tiverem sido estes – ainda há que se pesquisar muito para se chegar a essa conclusão – cairá por terra a ideia de que a mente neandertal era inferior à humana. Os pesquisadores consideram a arte um importante marcador para a evolução do sistema cognitivo moderno e pode, também, estar associada ao desenvolvimento do idioma.
Guerra ao junk food
Basta de comidas lixo! É o que quer a Real Academia das Faculdades de Medicina do Reino Unido (AoMRC), como parte de sua campanha contra a obesidade. A entidade, que representa aproximadamente 200 mil médicos, reivindicou do governo britânico, em meados de junho, medidas “contudentes e duras” para pôr fim à publicidade irresponsável de grandes empresas de alimentação, como McDonald´s e Coca-Cola. Quer também proibir que artistas e famosos em geral façam propaganda de junk food. A entidade solicitou ao governo que essas empresas sejam obrigadas a adotar ações radicais “para salvar vidas, em vez de proteger seus lucros”. Pesquisas apontam que 48% dos homens e 43% das mulheres do Reino Unido serão obesos em 2030.