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CAPA

PONTO DE PARTIDA (pág.1)
Editorial de Renato Azevedo Júnior - Presidente do Cremesp


ENTREVISTA (pág. 4)
Soren Holm - editor do Journal of Medical Ethics


SINTONIA (pág. 9)
Médicos e indústria farmacêutica


CRÔNICA (pág. 12)
Millôr Fernandes


DEBATE (pág. 14)
Aids: em discussão o tratamento profilático


MÉDICOS NO MUNDO (pág. 20)
As muitas guerras do dr. Filártiga


EM FOCO (pág. 24)
AVAAZ: protestos em um clique


HISTÓRIA DA MEDICINA (pág. 27)
Médico, torneiro mecânico e inventor


GIRAMUNDO (págs. 30/31)
Curiosidades da ciência e tecnologia, da história e de fatos atuais


PONTO COM (págs. 32/33)
Informações do mundo digital


SUSTENTABILIDADE (pág. 34)
Sacolas plásticas: uma história sem heróis nem vilões


LIVRO DE CABECEIRA (pág. 37)
Indicação da conselheira Ieda T. Verreschi*


CULTURA (pág. 38)
Pedro Almodóvar


MAIS CULTURA (pág. 41 )
A revolução romântica


HOBBY (pág. 42)
Sem efeito colateral


CARTAS & NOTAS (pág. 33)
SUS: Cremesp recolhe assinaturas


GOURMET (pág. 45)
Sabor de vida em família


FOTOPOESIA( pág. 48)
João Cabral de Melo Neto


GALERIA DE FOTOS


Edição 59 - Abril/Maio/Junho de 2012

HOBBY (pág. 42)

Sem efeito colateral

Sem música, a vida seria um erro”. A frase, do filósofo alemão Friedrich Nietzsche (1844-1900), vale para muita gente, inclusive inúmeros médicos. Para se divertir e relaxar, muitos deles encontram na árdua e cansativa agenda profissional momentos para se dedicar à música, seja em uma banda formada com colegas e/ou amigos de outras profissões, ou individualmente.

 É o caso, por exemplo, do pediatra e hematologista Carlos Roberto Jorge. A música faz parte de sua vida desde a adolescência, principalmente por causa de ídolos como Jimi Hendrix, David Gilmour, Eric Clapton, entre outros. “A música renova o meu estado de espírito e me motiva a trabalhar. Se tivesse mais tempo, com certeza me dedicaria ainda mais a ela”, revela.

Além de chefiar o Serviço de Hemoterapia do Hospital Municipal do Tatuapé e de trabalhar na Fundação Pró-Sangue Hemocentro de São Paulo, Carlos Roberto é integrante da banda Skeletons, juntamente com o oftalmologista José Roberto Tomé de Paula; o cirurgião vascular Claudio Nassif  Feres; o onco-hematologista Nelson Hamerschlak; e o empresário Kiko Carbone. A banda, conhecida no meio médico e mesmo fora dele, apresenta-se em bares e em diversas instituições ou estabelecimentos de saúde.

A Skeletons surgiu na época da faculdade e, desde então, a música tem um papel fundamental em sua vida. “Tocamos rock, músicas dos anos 60, Beatles e Jovem Guarda. Devo muito do meu envolvimento musical à minha esposa. Foi ela quem sempre me incentivou e me convenceu a comprar minha primeira guitarra”, confessa. Para Carlos Roberto, o hobby musical torna-se facilmente parte da vida da pessoa. “Nunca perco o costume de estar conectado à música. Gosto muito de me aprofundar. Procuro estudar sempre, até mesmo fora dos ensaios. Tranco-me no quarto, pego minha guitarra e começo a treinar”, confidencia.

Conciliar a participação em uma banda de música e o exercício da medicina também faz parte da rotina do urologista Luiz Claudio Lima Alves, formado pela Faculdade de Medicina da Unesp, em Botucatu. Ele integra a Band Uro, em S. José dos Campos, juntamente com o urologista Wanderley Crestoni Fernandes; o cirurgião de cabeça e pescoço Maurílio Chagas; e o neurologista Marcos Fortunato de Barros Filho. A banda de rock foi criada há seis anos, por acaso, durante conversa entre colegas. “Os dias de ensaio são sempre os mais esperados da semana, pois nesses momentos podemos nos descontrair, dar risadas e nos divertir”, conta.

Luiz Claudio acredita que a música possui um poder desestressante e de renovação espiritual. “É a válvula de escape do meu dia a dia, uma espécie de terapia, em que não há a necessidade de estar em um divã para relaxar. Afinal, é no momento em que estou com a banda que posso me dedicar inteiramente a mim mesmo”. Segundo o urologista, a amizade é o ponto forte do grupo, que ele considera uma segunda família.

O médico destaca o quanto o vínculo entre música e medicina pode ajudar o próximo, inclusive nas pequenas atitudes. “A música traz uma sensação de bem-estar. Existem eventos beneficentes em que você ajuda as pessoas, para  além das paredes de um consultório”, garante.

Colaborou: Flávia Knispel


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