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CAPA

EDITORIAL (pág. 1)
Renato Azevedo Júnior - Presidente do Cremesp


ENTREVISTA (pág. 4)
Edmund Pellegrino, do Kennedy Institute of Ethics


SAÚDE NO MUNDO (pág. 9)
E U R O P A


CRÔNICA (pág. 12)
Cássio Ruas de Moraes*


SINTONIA (pág. 14)
Alexandrina Meleiro*


DEBATE (pág. 18)
A atuação de recém-formados em regiões distantes do país


SUSTENTABILIDADE (pág. 24)
O descarte e a reutilização de materiais


HISTÓRIA DA MEDICINA (pág. 27)
Por Renato M.E. Sabbatini*


GIRAMUNDO (págs. 30/31)
Curiosidades da ciência e tecnologia, da história e da atualidade


PONTO COM (págs. 32/33)
Acompanhe as novidades que agitam o mundo digital


HOBBY (pág. 34)
Valdir Lopes de Figueiredo


LIVRO DE CABECEIRA (pág. 37)
O Conto da Ilha Desconhecida - André Scatigno*


CULTURA (pág. 38)
INHOTIM - Todos os sentidos da arte


CARTAS & NOTAS (pág. 43)
Comentários, Fontes e Referências Bibliográficas


TURISMO (pág. 44)
Na Garupa de um Motociclista...


FOTOPOESIA( pág. 48)
Sophia de Mello Breyner Andresen


GALERIA DE FOTOS


Edição 56 - Julho/Agosto/Setembro de 2011

SUSTENTABILIDADE (pág. 24)

O descarte e a reutilização de materiais

Reciclável ou não? 

Eis a questão

Reciclar faz bem ao meio ambiente. Certo, quase todo mundo já sabe. O problema é que, na hora de separar o lixo, aparece a dúvida: é reciclável ou não? Os principais materiais que podem ser reutilizados são papel, metal, vidro e plástico. Mas, dentre esses – com exceção dos mais comuns, como latinhas de cerveja, vidro comum e garrafas pet – há muitos cuja destinação não é tão clara. Lâmpadas fluorescentes, por exemplo, vão para o lixo comum. Papéis plastificados (embalagem de biscoito e bolacha, bala, entre outros), carbono, higiênico, fotografias e bitucas de cigarro tampouco são recicláveis. Os papéis não devem estar engordurados nem ser laminados. As caixas de papelão devem ser desmontadas.

Quanto aos plásticos, para reciclá-los é fundamental a certeza de que estejam limpos e não contenham espuma. Os metais podem estar amassados, mas é necessário limpá-los, e pressionar as tampas para baixo a fim de evitar acidentes. Quase todos os vidros podem ser reciclados, exceto lâmpadas fluorescentes, espelhos, pirex e óculos de cristal. Devem, de preferência, estar inteiros. Se quebrados, precisam ser embalados em várias camadas de jornal. Já pilhas e baterias podem ser depositadas em postos de coletas especiais para esses itens.

Se forem recolhidos por alguma cooperativa ou caminhões de prefeituras, os materiais destinados à reciclagem não necessitam ser distribuídos em sacolas diferentes. Mas a separação é necessária se depositados em recipientes próprios para esse fim, encontrados em alguns parques ou supermercados. É importante também que os materiais recicláveis não entrem em contato com o lixo orgânico. Uma casca de fruta pode comprometê-los.

Vale a pena lembrar que os materiais orgânicos também são passíveis de reciclagem, por meio de compostagem. Esse processo consiste na decomposição da matéria orgânica em adubo, cujo método envolve etapas de mistura da terra com o lixo orgânico.

Escala industrial
No Brasil, a reciclagem, em escala industrial, ainda é um processo de alto custo. O desmonte de algumas peças, por exemplo, é trabalhoso e, às vezes, envolve métodos tóxicos. Em contrapartida, a reutilização de garrafas pet é um exemplo de como o reaproveitamento de materiais se tornou lucrativo e eficiente. Elas podem se transformar, inclusive, em fibras têxteis, contribuindo também para a economia de energia, uma vez que utilizam 30% menos energia do que a fabricação da fibra comum. Em média, confecciona-se uma camiseta com duas garrafas pets. Elas são reutilizadas de inúmeras outras maneiras, o que reduz o volume de lixo nos aterros sanitários, e economiza energia na produção de novos plásticos.


Depois de separados, os materiais recicláveis são prensados para ser enviados às fábricas que os reutilizarão

Com a conscientização da população, novos empreendimentos estão sendo inaugurados no setor de reciclagem. O alumínio, por exemplo, é usado em boxes de banheiros. Blocos para a construção civil são feitos com terra, argila e resíduos de papelão. Revestimentos de paredes, confeccionados com fibras de juta e coco reaproveitadas. Embalagens de produtos tipo “longa vida” (Tetra Pak) transformam-se em mantas isolantes para telhado. Borrachas de pneus são convertidas em solados de tênis. Com o plástico reciclado fabricam-se carrinhos de brinquedo, tênis, luminárias, vassouras, potes plásticos, tapetes, entre outros produtos.

Contudo, ainda há muito a ser feito. Estima-se que a população paulista descarte mais de 12 mil toneladas de lixo por dia, o equivalente, em uma semana, a lotar um estádio para 80 mil pessoas. Atualmente, a produção mundial de lixo é de aproximadamente 400 milhões de toneladas por ano.


Criando empregos

Além de colaborar com a sustentabilidade do planeta, reciclar significa, também, gerar empregos. Inúmeras cooperativas de catadores de papel foram criadas nos últimos anos. Por exemplo, a Cooperativa de Catadores Autônomos de Papel, Aparas e Materiais Reaproveitáveis (Coopamare), cujo objetivo é auxiliar esses trabalhadores a vender os materiais recicláveis. A ideia surgiu em 1986, quando alguns catadores se reuniram e tomaram a iniciativa. Em 1989, a prefeitura paulistana cedeu um espaço sob o viaduto Paulo VI, na avenida Sumaré, em Pinheiros. Atualmente, a cooperativa conta com 38 trabalhadores, que recebem cerca de R$ 1 mil por mês.
 
  A rotina de trabalho dos cooperados envolve a coleta em locais previamente definidos, a separação dos vários tipos de materiais e a colocação dos mesmos em máquinas de prensar. Segundo Maria Dulcinéia Silva Santos (foto), 48 anos, catadora e presidente da Coopamare, as pessoas deixam de reciclar muitos materiais com os símbolos de reciclagem. “Quase todos os elementos podem ser reciclados”.

A cooperativa modificou o trabalho dos catadores, esclareceu. “Antigamente, usávamos carroças, agora utilizamos veículos automotores. Em maio, por exemplo, arrecadamos 101 toneladas de vidros e plásticos. A expansão da associação faz com que necessitemos de melhores equipamentos”.

A Coopamare é sustentada apenas pelo dinheiro das vendas dos materiais reciclados e não tem parcerias. A cooperativa atende em domicílio e por meio de contato por telefone. Endereço: Rua Galeno de Almeida, 659, Pinheiros, São Paulo (SP) – Fone: 11-3088-3537.


ANTES DE JOGAR FORA, CONFIRA:

Podem ser reciclados:

Papel
Jornal – Papel de impressoras
Saco de papel – Papel de escritório
Revista – Impressos em geral
Papel branco – Papel misto
Papelão – Embalagem “longa vida”

Plástico
Embalagem de alimento – Tampas
Embalagem de produtos de beleza
Embalagem de produtos de limpeza
Brinquedos – Peças plásticas

Metal
Lata de bebidas e de alimentos
Lata de biscoito – Bandeja e panela
Ferragem – Grampo – Fios elétricos
Chapas – Embalagem marmitex
Alumínio, cobre e aço
Latas de aerossois
Lata de produtos de limpeza

Vidro
Copo – Frasco de remédio
Jarra
Garrafa
Vidro colorido

Cuidados
Papel: Precisam estar limpos, secos e de preferência não amassados. As caixas devem estar desmontadas
Plástico: Devem estar limpos e sem tampa
Metal: Devem estar limpos.
Vidro: As tampas têm de ser pressionadas para dentro. Podem ser amassados
Devem estar limpos, inteiros ou quebrados. Se quebrados, precisam ser embalados em várias camadas de jornal

Não podem ser reciclados
Papel engordurado
Carbono – Papel vegetal
Papel plastificado ou siliconizado
Papel parafinado (fax)
Papel metalizado ou laminado
Papel toalha e higiênico
Guardanapo com comida

Espuma – Isopor
Embalagem a vácuo
Embalagem engordurada
Embalagem siliconizada

Lata de tinta
Pilha normal
Pilha alcalina
Lata de inseticida
Lata de pesticida

Pirex
Espelho
Óculos de cristal


(Colaborou Flávia Knispel)


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