CAPA
PONTO DE PARTIDA (pág. 1)
Encontro nacional em Brasília fortaleceu as reivindicações da categoria
ENTREVISTA (pág. 4)
Paulo Hoff, diretor clínico do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo Octávio Frias de Oliveira
MEIO AMBIENTE (pág. 9)
Encontro discutiu consumo de alimentos geneticamente modificados
CRÔNICA (pág. 13)
Tufik Bauab - Presidente da Sociedade Paulista de Radiologia e Diagnóstico por Imagem
SAÚDE NO MUNDO (pág. 14)
Tebni Saavedra descreve o sistema público de saúde do Chile
DEBATE (pág. 14)
A autonomia dos médicos e a prescrição racional de medicamentos
HISTÓRIA (pág.23)
A evolução dos estudos voltados para a saúde pós-período renascentista
GIRAMUNDO (pág. 26)
Curiosidades da ciência, da história e da atualidade
PONTO COM (pág. 28)
Canal de atualização com as novidades do mundo digital
SINTONIA (pág. 30)
Antonio Francisco Lisboa: maior escultor barroco mineiro do final do século XVIII
MÉDICOS EM FOCO (pág. 36)
Uma análise da temática médica, quando foco principal das séries televisivas
HOBBY (pág. 40)
Guerrini, o colecionador de conchas, já contabiliza mais de 10 mil peças
TURISMO (pág. 42)
Agende suas próximas férias para o interior paulista e aproveite o contato com a natureza
CABECEIRA (pág. 47)
Sugestão de leitura da conselheira Ieda Therezinha Verreschi*
FOTOPOESIA (pág. 48)
Cantares - Antônio Machado
GALERIA DE FOTOS
PONTO DE PARTIDA (pág. 1)
Encontro nacional em Brasília fortaleceu as reivindicações da categoria
Luiz Alberto Bacheschi
Presidente do Cremesp
O recado dos médicos
O XII Encontro Nacional das Entidades Médicas (Enem) reuniu, em julho, em Brasília, mais de 500 representantes de associações médicas, sociedades de especialidades, sindicatos, conselhos de Medicina e médicos residentes para discutir propostas de políticas de saúde, melhorias do ensino e das condições de exercício profissional.
Em defesa da saúde pública, reiteramos a necessidade de aprovação imediata da Emenda Constitucional 29, que garantirá a sobrevivência do SUS. Ao mesmo tempo em que o movimento médico defende a atenção primária em saúde, com a ampliação dos profissionais no Programa de Saúde da Família, foi ressaltado pelo Enem que são inadiáveis novos investimentos na média e alta complexidades, para acabar com as desigualdades de atendimento e com o longo tempo de espera para agendamento de consultas, exames e cirurgias.
A omissão da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) foi bem lembrada pelo Enem, ao deixar de regular a relação entre operadoras e médicos e ao permitir a defasagem nos honorários, os descredenciamentos imotivados e outras situações que desqualificam o atendimento e penalizam médicos e usuários dos planos de saúde.
Ficou registrado o apoio irrestrito das entidades a sanções rigorosas para os cursos de Medicina mal avaliados, incluindo a diminuição de vagas e o fechamento de escolas, sempre que necessário. Não podemos admitir a abertura de novas escolas, nem o funcionamento de cursos sem hospital próprio e corpo docente qualificado.
A garantia, para cada egresso dos cursos de Medicina, de uma vaga em programas de Residência Médica, que devem ser expandidos de acordo com as necessidades de saúde da população, soma-se à proposta de combate enérgico ao exercício ilegal da Medicina por estrangeiros ou brasileiros sem diploma revalidado, e que muitas vezes conta com a conivência de autoridades e gestores de saúde.
No campo da defesa profissional, o Enem destacou a carreira de Estado, que permitirá maior adesão dos médicos ao SUS; a implantação do Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos (PCCV); a aprovação, no Congresso Nacional, do projeto de Lei que regulamenta a profissão médica; o estabelecimento de piso salarial; a adoção da CBHPM atualizada como referência mínima do trabalho médico, incluindo reajustes anuais.
O recado que o Enem deu à sociedade, aos governantes e candidatos nas eleições de 2010 é que os médicos merecem ser valorizados e, principalmente, esperam ser respeitados, pois têm compromissos claros com o futuro da Medicina e com a saúde do povo brasileiro.