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CAPA

EDITORIAL
Nesta edição, um grande debate sobre a propaganda de medicamentos de venda livre


ENTREVISTA
Polêmico e verdadeiro, o cineasta Ugo Georgetti fala sobre futebol. Imperdível!


CRÔNICA
Pasquale Cipro Neto: texto sempre bem-humorado e incontestável quando o foco é nosso idioma...


CONJUNTURA
Telemonitoração, Telehomecare, Telecirurgia Robótica. A Medicina Digital já é realidade


MEIO AMBIENTE
Edwal Campos Rodrigues, infectologista, alerta p/a necessidade de normatização na fiscalização de resíduos hospitalares


SINTONIA
Conheça um pouco da vida de Camilo Salgado, cultuado como santo popular no Pará


DEBATE
Debate sobre a propaganda de medicamentos: Sim ou Não?


HISTÓRIA DA MEDICINA
Hospital Santa Catarina: dedicação e perseverança desde sua fundação, em 1906


GOURMET
Não duvide: tem médico à frente de tradicional padaria no Bixiga...


EM FOCO
Vamos rodar pela Transamazônica numa expedição dedicada à saúde?


ACONTECE
Uma visita educativa - virtual - ao Museu da Língua Portuguesa


CULTURA
José Bertagnon: médico pediatra e artista premiado internacionalmente


TURISMO - CHILE
Viaje conosco até o Chile e conheça Puerto Williams e Porvenir. Inesquecíveis!


CARTAS & NOTAS
Pesquisa Datafolha mostra que a Ser Médico tem 100% de aprovação


LIVRO DE CABECEIRA
Sugestão de leitura para quem gosta de histórias de terror realista: Colapso...


POESIA
A poesia "Civilização Ocidental", de Agostinho Neto, finaliza com brilho esta edição


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Edição 35 - Abril/Maio/Junho de 2006

ACONTECE

Uma visita educativa - virtual - ao Museu da Língua Portuguesa

Museu da Língua Portuguesa

Recursos tecnológicos transformam passeio educativo em diversão

Ambientes interativos com os mais variados efeitos sonoros e visual, são algumas das surpresas reservadas aos visitantes do novo Museu da Língua Portuguesa, na Estação da Luz no centro de São Paulo. A profusão de informação não impede que o passeio seja educativo, além de divertido. Logo no primeiro andar, numa sala nebulosa é possível ouvir, ao longe, sons típicos do campo como o galope de cavalo e de lavadeiras de roupa cantarolando á beira de um riacho. Enquanto isso, no andar superior, uma sala escura propicia um grande aprendizado sobre este idioma, cuja origem remonta ao ano 4.000 a.C, sendo o sexto  mais falado no mundo –  utilizado por mais de 200 milhões de pessoas.


Boa parte das peças distribuídas pela área de mais de oito mil metros quadrados do museu são interativas proporcionando uma experiência diferente a cada visita.  Próxima a um elevador panorâmico, a Árvore das Raízes, que se estende pelos três andares do prédio, têm gravadas algumas palavras da língua portuguesa desde as origens até o vocabulário atual. Enquanto o visitante aprecia a árvore no trajeto de elevador, ouve trechos de uma composição de Arnaldo Antunes especialmente dedicada ao ambiente. Ao chegar no primeiro andar, encontra uma exposição sobre o livro Grande Sertão Veredas, de João Guimarães Rosa. Os recursos  audiovisuais fazem o visitante sentir-se dentro da obra do autor. Essa exposição é temporária e segue até o final de junho, podendo ser prorrogada.  Segundo a direção do museu, a  próxima deverá ser sobre a obra Jorge Amado.

No segundo piso, um enorme telão exibe vários mini-documentários sobre os mais variados aspectos da língua portuguesa e da cultura brasileira, como o Carnaval e outras festas populares e religiosas. No mesmo ambiente, tótens multimídias permitem conhecer um pouco sobre a origem de palavras usadas no cotidiano.  Um dos grandes destaques do acervo é um ambiente com um telão onde é possível interagir em um jogo em que os participantes devem formar palavras juntando sufixos e prefixos.

No dia em que a reportagem da Ser Médico visitou o local, o museu chegou à marca de 100 mil visitantes em apenas dois meses após sua inauguração, ocorrida em 20 de março. Para seu diretor, o objetivo do museu é ser um espaço para a contemplação do idioma, e da dinâmica da língua, que já se modificou muito desde as origens. Ele destaca também que a localização do museu não é casual.  No passado, os imigrantes que chegavam ao Brasil de vários lugares do mundo tinham na Estação da Luz o primeiro contato com a língua portuguesa. Atualmente, circulam pela estação – ativa para trens da malha interurbana e da rede metroviária –  mais de 300 mil pessoas por dia, compondo um mosaico de sotaques e expressões de várias regiões do país, formando uma espécie de museu vivo da língua.

A proposta pioneira de levar aos cidadãos um pouco da história da língua portuguesa é resultado da parceria público-privada, encabeçada pelo governo do Estado. Por meio de visitas monitoradas, o museu desenvolve um projeto educativo conjunto, com cerca de quatro mil professores da rede pública estadual, além de educadores da rede municipal ligada à Subprefeitura da Sé. “No futuro, a casa irá oferecer cursos para a população, tendo como tema a língua portuguesa e sua interface com a cultura, o cinema e a poesia, entre outros”, afirmou o diretor.

Museu da Língua Portuguesa
A visita completa dura aproximadamente uma hora e meia
Aberto de terça a domingo, das 10 às 17 horas 
Entrada: R$ 4,00, estudantes pagam meia
Menores de 10 anos e professores da rede pública não pagam


Colaborou, Thulio Pompeu


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