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Notícias
04-06-2023 |
Agradecimento e respeito |
Em cerimônia solene, Cremesp presta homenagem a 500 médicos com mais de 50 anos de profissão |
Quinhentos médicos com mais de 50 anos de exercício ético da Medicina foram homenageados pelo Cremesp em cerimônia solene no Centro de Convenções Rebouças, no dia 3 de junho, na capital paulista. O reconhecimento da trajetória admirável desses profissionais tem sido uma marca da atual gestão, que homenageou, ao todo, 5.148 médicos na Capital e no Interior, nos dois últimos anos pós-pandemia. Além desses profissionais, no mesmo período receberam também diplomas de reconhecimento 12.081 médicos com 25 anos de profissão e 24.403, com 10 anos. A cerimônia reuniu além das centenas de médicos homenageados, suas famílias e amigos, com a tocante participação da Orquestra Acadêmica de São Paulo e do Coral Cidade de São Paulo, executando obras de Mozart, algumas delas com a participação de sopranos. Ao final, foi oferecido um coquetel aos presentes. Vídeos sobre o trabalho do Cremesp intercalaram alguns momentos do evento. A presidente do Cremesp, Irene Abramovich, congratulou-se com os presentes. “Esta homenagem é um momento muito especial, momento de elogiar e reconhecer a trajetória digna e exemplar destes colegas durante longos anos de exercício da Medicina. Tenho, também, 55 anos de formada. Fomos preparados para cuidar de gente e quem não gosta de gente não está apto para o trabalho médico. Nós, médicos, somos, também, os únicos profissionais que nunca se aposentam, ex-médicos não existem. Podemos nos aposentar dos vínculos empregatícios, mas continuamos na labuta de uma forma ou de outra. Somos médicos para sempre. Vivi a medicina como vocês; não havia tanta tecnologia. Os exames eram complementares e não substitutivos, sabíamos os nomes dos nossos pacientes. Espero que consigamos passar para as próximas gerações essa vivência de uma outra medicina. Parabéns!.” O médico ginecologista-obstetra de Mogi das Cruzes, Carlos Eduardo Amaral Gennari, que, posteriormente, representou os médicos homenageados como orador, salientou que a cerimônia “é, para nós, um grande reconhecimento e nos dá ânimo para continuar fazendo o que fizemos nesses 50 anos de exercício da Medicina, cuidando dos nossos pacientes com ética e dedicação”. Em razão do grande número de médicos - que inviabilizou a entrega do diploma e da medalha individualmente no palco do evento -, alguns deles foram chamados a receber a homenagem, simbolicamente em nome de todos. Foram escolhidos alguns que tiveram atuação extremamente destacada no sistema de saúde, na vida acadêmica ou que tiveram alguma participação no Cremesp. Foram eles: Ademar Lopes, Agrimeron Cavalcante da Costa, Álvaro Nagib Atallah, Antônio José Barros Magaldi, Antônio Luiz de Vasconcellos Macedo, Anuar Ibrahim Mitre, Carlos Eduardo Amaral Gennari, Ciro Rosseti Neto, Coríntio Mariani Neto, Cristiano Augusto de Freitas Zerbini, Gilda Porta, José Everardo da Costa Montal, Lívia Cunha Elkis, Lúcia Iracema Zanotto de Mendonça, Mário Roberto Hirschheimer, Sérgio Alcântara Madeira e Sérgio Domingos Fideli. Boa Medicina Compuseram a mesa do evento, pelo Cremesp, a presidente Irene Abramovich; o 1º secretário, Angelo Vattimo, a vice-presidente, Maria Alice Saccani Scardoelli; a 2ª secretária, Maria Camila Lunardi; o corregedor, Rodrigo Lancelote Alberto; o coordenador do Departamento de Fiscalização, Daniel Kishi; e o coordenador das Delegacias do Interior, Rodrigo Souto. Em sua fala, Irene Abramovich destacou, também, grandes campanhas que o Cremesp tem feito para defender o Ato Médico. “Não se trata de objetivos corporativos, mas da defesa da população e de cuidado para com os pacientes. Pessoas que não têm nenhuma formação, muitas sequer da área médica, como cabeleireiros e tatuadores, estão invadindo as áreas privativas da medicina. Os médicos são chamados após as intercorrências para consertar os procedimentos errados, mas, muitas vezes, isso não é mais possível. Estamos vivendo dramas, pois aparecem sequelas cada vez mais graves. Isto é muito sério e é um dos temas que mais preocupam a atual gestão do Conselho”, esclareceu. “O Conselho está, também, muito preocupado com as prerrogativas médicas, pois colegas são agredidos em muitos lugares, além de calotes nos pagamentos. Defender a boa medicina é nossa função”, acrescentou. A homenagem aos médicos, ressaltou Angelo Vattimo, “é uma das cerimônias mais gratificantes para nós, pois o Cremesp não pode ser apenas um órgão julgador e fiscalizador, mas precisa e deve reconhecer o trabalho dos médicos que exercem a Medicina com ética e homenageá-los. Infelizmente, os valores éticos não acompanharam os avanços científicos, mas sem eles nenhum progresso tem bases sólidas. Os senhores são egressos da década de 70, uma década memorável, da qual temos muitas saudades em relação a muitos aspectos, como cultura, música, valores sociais, morais, religiosos e éticos. Temos de sempre pregar a observância da ética médica e, inclusive, social”, complementou. Daniel Kishi lembrou que os médicos homenageados dedicaram toda sua vida ao trabalho médico, “50 anos não são 50 meses nem 50 dias, são uma vida dedicada à Medicina, muitas vezes deixando seus filhos em casa, até em datas marcantes, para cuidar de filhos de outras pessoas que estavam doentes. Nos olhos de todos, hoje, vejo mestres. Muito obrigado e parabéns!” “Temos aqui – afirmou Rodrigo Souto - personalidades da Medicina que são espelhos para nós, em uma profissão digna, dividindo suas vidas familiares para atender seus pacientes, servindo à sociedade. Trataram e curaram vidas com muita atenção, levando o bem aos próximos. Me sinto honrado e feliz.” Destacando ser uma honra e um grande prazer estar presente à cerimônia, Rodrigo Lancelote afirmou: “Os senhores fazem parte do que há de melhor na Medicina de São Paulo e do Brasil. Certamente, foram muitas as noites sem dormir. Quantas pessoas ajudadas, quanto conhecimento distribuído, quantos prontuários preenchidos, quanta experiencia e vivência os senhores têm. A Corregedoria do Cremesp tem, também, o papel de informar para formar, seja nos julgamentos simulados ou nas visitas aos médicos nos hospitais, promovendo discussões e tirando dúvidas das questões éticas e muitas dessas experiências são compartilhadas pelos senhores. Temos muito orgulho e respeito por esta importante missão dentro da Medicina e por compartilharem conosco, mais jovens, toda a experiência, resiliência e resignação dos senhores.” Maria Camila observou que muitos dos médicos homenageados têm sido parte da sua formação. “Muitos foram meus professores, o que me deixa muito feliz. Trabalho com educação continuada no Cremesp e estamos sempre em contato com médicos mais jovens. E, em todas as vezes que participamos dessas homenagens aos médicos com mais de 50 anos de exercício profissional, tenho vontade de mudar de lugar e ouvi-los, pois os senhores deram, dão e vão continuar a dar excelentes conselhos a todos que passam por suas vidas, como nos plantões ensinando e segurando as mãos dos médicos mais jovens. Os senhores nos ensinaram a estar e a amar a Medicina da melhor forma possível”, elogiou. Cumprimentando a todos, Maria Alice deu as boas vindas “a este momento que é uma viagem a 50 anos atrás, quando todos se formaram, e é uma grande honra acompanhar esta viagem com os senhores. Muitas coisas importantes, interessantes e delicadas foram ditas pelos colegas que me antecederam, em relação a tudo que os senhores passaram nesses 50 anos, quando deixaram suas famílias em casa para atender o outro”. É importante lembrar, disse, “que, às vezes, nós também estamos na posição do paciente e, também por isso, não podemos nos esquecer de tratar a todos sempre com empatia. Os princípios éticos são os mesmos desde sempre. Pensem na carreira e no futuro e vamos em frente”. Orador Representando os homenageados, Carlos Gennari dirigiu-se aos “colegas cinquentões” afirmando que, “infelizmente, a Medicina, às vezes, tem tido a imagem um pouco manchada. Temos alguns colegas que por não terem tido acesso à Residência foram fazer cursos do TikTok para angariar clientes. Nós aprendemos a fazer a Medicina, a examinar um paciente, a auscultar e escutar um paciente, e os exames eram subsidiários e não substitutivos da nossa missão. Somos felizes porque aprendemos a fazer Medicina com M maiúsculo. E conseguimos, também, a nos atualizar e a utilizar toda a tecnologia que veio nos auxiliar e a dar mais a nossos pacientes. Conseguimos unir aquela Medicina com M maiúsculo com a medicina tecnológica, Porém, por mais sofisticados que sejam a ressonância magnética, os exames laboratoriais e inúmeras outras técnicas, nada nos substituirá”. Assista a transmissão completa da Homenagem Fotos: Luciana Cássia |