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Notícias
20-03-2023 |
1ª Conferência Estadual da Lei do Ato Médico |
Cremesp debate invasão da Medicina por não médicos, com relato de casos clínicos |
A conferência – realizada de forma híbrida – presencial e com transmissão ao vivo pelo canal do Cremesp no Youtube – contou com a participação da presidente do Cremesp, Irene Abramovich; e do diretor 1º secretário, presidente da CDAM, Angelo Vattimo, que mediaram os debates. “Queremos discutir o papel do médico e a invasão das prerrogativas privativas da Medicina por profissionais não médicos, numa tentativa de reverter essa situação que tem acarretado enormes problemas. Pois são os médicos que têm de resolver as complicações, muitas vezes irreversíveis, decorrentes de procedimentos realizados por profissionais não habilitados”, afirmou a presidente Irene, na abertura do encontro. Para Vattimo, a conferência representa uma continuidade do ativismo da atual gestão, que se iniciou em 2018. “O Cremesp pode exercer muito mais do que estritamente as funções cartorial, judicante e de fiscalização, usando sua força política em defesa da boa Medicina e da saúde da população. Graças à expansão da atuação do nosso Departamento Jurídico, com a criação da CDAM, temos obtido importantes vitórias na Justiça, e também realizado uma série de eventos dessa envergadura para orientar os médicos”, ressaltou. Ginecologia e Obstetrícia Ao apresentar um caso clínico de parto domiciliar, com recém-nascido posteriormente encaminhado ao ambiente hospitalar, e que evoluiu a óbito, Christiane trouxe para o debate a dúvida de muitos ginecologistas e obstetras – e também neonatologistas – sobre como os médicos devem se comportar para obter informações sobre o atendimento e se defender profissionalmente, quando recebem casos dessa natureza, que, com certeza, terão desdobramentos. “Não é prudente realizar um parto num ambiente onde não se tem infraestrutura indispensável ao adequado atendimento à gestante, à parturiente e ao recém-nascido”, alertou Martinez, mencionando resolução do Cremesp que trata sobre o tema. Ele também relatou sobre uma consulta feita ao Conselho, cuja resposta alerta que o risco de realizar o parto em atendimento domiciliar é de quem assume fazê-lo, com todas as implicações civis e criminais. Foram abordados casos de lesões graves causadas pela aplicação de um certo “óleo especial”, atrás da orelha, por pacientes. “Além dos atos praticados por outras profissões, que não possuem o preparo técnico, também há pessoas que sequer profissão têm, não possuem conhecimento algum, podendo causar lesões sérias”, alertou Regina. “Podemos ver nesses casos, como a desinformação é algo perigoso, principalmente em um país de dimensões continentais. A desinformação é a causa principal dessas ‘invasões’. E quanto menor a cidade é mais comum de acontecer. Em nossa área da Otorrinolaringologia realmente tem diversas pessoas fazendo o exercício ilegal”, pontuou Baptistella. “Para combater todas essas invasões, eu uso três palavrinhas básicas, informar – não só ao paciente como aos médicos, já que muitos deles também estão desinformados na questão da invasão do Ato Médico –, fiscalizar e, só depois disso, judicializar, o que é muito importante!”, destacou Giselle. Nutrologia Flavia propôs a discussão sobre as diferenças na atuação, em nível hospitalar, do médico nutrólogo e do nutricionista, esclarecendo o que compete legalmente a cada profissional. “A Nutrologia é uma especialidade médica, que tem como definição fazer o diagnóstico, a profilaxia, a prevenção e o tratamento das enfermidades nutro-neurometabólicas. Por isso tem o direcionamento para fazer a dietoterapia, que chamamos de nutroterapia, inclusive como diferenciação de ato médico e de ato não médico”, salientou Ribas Filho. “Precisamos, principalmente, educar a população, mostrar a ela a função do médico, em especial, a sua formação. A importância de todos os profissionais da saúde trabalharem de forma integrada, em que cada um atue exclusivamente em sua área, exercendo a sua função. Quando falamos em defesa do Ato Médico, falamos em saúde da população, sistema de saúde e, principalmente, preservação da vida, que é o que defendemos sempre aqui por meio da fiscalização”, destacou Lapman. A apresentação trouxe as realizações da CDAM, entre elas, ações na Justiça que tiveram decisões favoráveis contra profissionais que realizam procedimentos invasivos em medicina estética; e os ofícios e petições para órgãos públicos, como o Ministério Público, Procon, outros Conselhos etc. Também mostrou a grande variedade de notícias veiculadas pela imprensa sobre a invasão das prerrogativas médicas, destacando a forte atuação do Cremesp e o ativismo relevante da CDAM. Entre outras atividades, destacou ainda a realização de eventos, como as reuniões com sociedades de especialidades. A íntegra da apresentação dos painéis, com apresentação de casos clínicos, debates e conclusões pode ser acessada no canal do Cremesp no YouTube |