O médico português Daniel Serrão, especialista em Anatomia Patológica e Bioética, morreu no Hospital da Trofa (Portugal) neste dia 8 de janeiro (domingo), aos 88 anos, de problemas respiratórios decorrentes de um atropelamento na cidade do Porto, ocorrido há dois anos.
O médico e acadêmico foi membro do Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida, durante 15 anos, e da Academia Pontifícia para a Vida, instituição criada pelo Papa João Paulo II. Participou também da elaboração da Declaração Universal do Genoma Humano como patrimônio da humanidade na Unesco.
Para Dalton Ramos, professor da Universidade São Paulo (USP) na área de Bioética e membro da Pontifícia Academia Pro Vita, um aspecto que definia Serrão era o seu amor pela vida e, consequentemente, o quanto trabalhou em defesa dela por meio da área da Bioética.
Bioeticista consagrado
“Além da grande influência acadêmica, Serrão foi um dos maiores nomes da Bioética no cenário de Portugal, sendo o responsável por introduzi-la na história das universidades portuguesas. No Brasil, também teve extrema importância, com significativas participações em congressos e eventos, com sua forte presença no cenário acadêmico, incentivando e inspirando os graduandos”, afirma Ramos.
Serrão formou-se no curso de Medicina em 1951, e concluiu seu doutorado em 1959. A partir de 1961, foi professor na Universidade do Porto e, em 1969, prestou serviço no hospital militar de Luanda, atuando como professor catedrático de Anatomia Patológica, em 1971. Tornou-se referência internacional pelas suas investigações na área da Bioética. Foi uma figura importante para o cenário da Igreja Católica mundial. Amigo de João Paulo II, Serrão foi o primeiro convidado a assessorar o Papa nas questões da Bioética.
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