A auditoria realizada pelo Tribunal de Contas da União (TCU) identificou “fragilidades” no Programa Mais Médicos. De acordo com o levantamento do tribunal, feito entre junho de 2013 e março de 2014, houve falhas na supervisão dos profissionais integrantes. Dos 13.790 participantes, pelo menos 4.375 (31,73%) não tinham supervisores indicados no sistema informatizado do Ministério da Saúde. A tutoria estava prevista na lei que criou o programa, uma vez que os profissionais faziam especialização e muitos não tinham registro brasileiro.
Alguns integrantes do programa também apontaram dificuldades para exercício das atividades. De acordo com o TCU, foram entrevistados 114 médicos e 35% deles relataram que em algum momento tiveram problemas de comunicação por causa das barreiras linguísticas. Antes da mais recente contratação do programa, em janeiro de 2015, mais de 87% dos participantes era formada fora do país – 79% eram cubanos.
O levantamento aponta ainda que profissionais formados fora do Brasil, que deveriam ter desempenho mínimo em avaliação para clinicar, começaram a trabalhar mesmo tendo obtido notas insuficientes, inclusive em tópicos relacionados à saúde.
Em entrevista à Agência Brasil, o ministro da Saúde, Arthur Chioro, afirmou que as falhas apontadas eram “fruto do processo de implantação do programa”, que coincide com o período de auditoria do TCU, e que foram solucionadas. Ainda segundo o ministro, o problema de falta de tutores aconteceu apenas no começo e foi corrigido.
O tribunal recomendou ao Ministério da Saúde que em 90 dias remeta plano de ação contendo cronograma de implementação de medidas corretivas com relação às fragilidades identificadas.
Acesse o Relatório do TCU na íntegra:
Com informações da Agência Brasil
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