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Notícias
30-04-2013 |
Renato Azevedo |
As ações do movimento médico |
“Mantida a união das entidades, é possível fazer muito mais pelos médicos e pela saúde da população” A natureza jurídica desigual das entidades médicas, as diferenças de estrutura e de função, e até mesmo as variadas convicções filosóficas, sociais e políticas dos membros dessas instituições não impediram a criação de uma unidade do movimento médico e a concordância em torno de determinados princípios e de pautas conjuntas. O senso comum e a reciprocidade guiam a atuação dos conselhos, associações, sindicatos, academias e sociedades de especialidades, irmanados na superação dos imensos desafios que atualmente se impõem à Medicina. A capacidade de diálogo e de união das entidades talvez seja um diferencial em relação a outros movimentos sociais divididos internamente ou mesmo cooptados por governos, pelo mercado e por interesses menores. Conforme temos demonstrado nos nossos estudos da Demografia Médica, em parceria com o CFM, os 400 mil médicos brasileiros formam um mosaico de perfis, e inserções no mercado de trabalho, compondo uma diversidade profissional que exige atenção cada vez mais qualificada das entidades representativas. A unidade das entidades médicas passou a ser uma exigência ante os obstáculos ao exercício profissional digno: as más condições de remuneração e trabalho, as tentativas de aumentar o efetivo de médicos no Brasil de maneira irresponsável, a degradação do ensino médico, as deficiências do SUS e as práticas aviltantes dos planos de saúde privados. Ao longo do mês de abril, os médicos demonstraram a capacidade de mobilização de suas entidades, ao reunir 500 representantes no Senado Federal; serem recebidos pela Presidente Dilma Roussef; participarem de marcha em Brasília, em defesa da destinação de um mínimo de 10% da receita da União para o SUS; convocarem um novo Dia Nacional de Alerta aos Planos de Saúde, visando avanços nas negociações por melhores honorários; e atuarem nos estados e municípios pela implantação de planos de carreira para os médicos do setor público. O balanço é positivo, e mantida a união das entidades nos estados e em nível nacional, é possível fazer muito mais pelos médicos e pela saúde da população. Renato Azevedo Júnior é presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo. O texto acima foi reproduzido do Editorial da edição 302 do Jornal do Cremesp - abril 2013. |