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02-06-2012 |
Planos de saúde |
Médicos alertam que podem paralisar o atendimento em todo o país no mês de outubro |
Passados três meses de negociação após a advertência dada às operadoras dos planos de saúde, em mobilização de 25 de abril, entidades e associações médicas aprovaram um indicativo de nova e possivelmente mais ampla paralisação nacional em outubro. A reunião da última quinta-feira apontou para a continuidade das negociações com as operadoras, a realização de assembléias nos Estados entre julho e agosto e para um indicativo de paralisação nacional em outubro, mês em que se celebra o Dia do Médico. A duração dessa nova paralisação e outras estratégias de mobilização serão avaliadas pelos Estados e chanceladas na próxima reunião da Comissão Nacional de Saúde Suplementar, marcada para 17 de agosto. Paralelamente a esse movimento, as entidades médicas cobram da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) a edição de uma resolução normativa que substitua a atual, de 2004, que garanta a assinatura de contratos adequados entre operadoras e médicos, por meio de suas entidades, e reajustes satisfatórios. Distorção – Consecutivos reajustes autorizados pela ANS acima do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) consolidam o cenário criticado pelas entidades médicas. Em geral, onera-se o usuário e os honorários médicos continuam defasados. No dia 28/06 a Agência fixou em 7,93% o índice máximo de reajuste, superando a inflação média acumulada no período, de 4,99%. Para se ter uma ideia da distorção, o valor médio pago por uma consulta, segundo dados da própria ANS, subiu apenas 28,2% de 2005 a 2010, passando de R$ 31,38 para R$ 40,23, enquanto o faturamento anual dos planos médico-hospitalares aumentou 101,1% no mesmo período. “O médico é o único que não tem o reajuste garantido. Esperamos que a contratualização faça avançar esse processo; no momento, o que tem garantido o nosso honorário é a mobilização”, afirmou o coordenador da Comsu, Aloísio Tibiriçá. |