CAPA
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Editorial
PÁGINA 4 e 5
Eleição 2018
PÁGINA 6
Eleições 2018
PÁGINA 7
Entrevista - Carlos Vital
PÁGINA 8 e 9
Ressonância
PÁGINA 10
Agenda da presidência
PÁGINA 11
Serviços Cremesp
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Ensino Médico
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Institucional
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Convocações
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Fórum CFM - Cremesp
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Saúde Pública
GALERIA DE FOTOS
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Editorial
O vanguardismo do Cremesp e a
responsabilidade social da Medicina
Os médicos brasileiros acabam de eleger seus representantes nos Conselhos de Medicina do país para a gestão 2018-2023. Eles estarão à frente de instituições que reconhecem e concedem o registro em Medicina, fiscalizam o exercício profissional
de pessoas físicas e jurídicas, apuram e julgam denúncias de infração ética. A lei ainda outorga aos Conselhos o desenvolvimento de ações políticas, para promover o bom desempenho técnico e ético da Medicina e dos que a exercem. Tais responsabilidades exigem integridade e imparcialidade de seus conselheiros, respeito e compromisso social, além de abdicação de interesses pessoais. Devem pautar suas ações pelo exercício digno da Medicina, em benefício da sociedade.
Parabenizamos as duas comissões eleitorais do Cremesp – uma composta por médicos e outra por funcionários – pela lisura na condução do pleito, apesar das adversidades. Lamentavelmente, tivemos episódios de desrespeito a várias chapas concorrentes e aos médicos eleitores. Nunca o Cremesp teve de emitir tantos desmentidos públicos, como os referentes à eleição deste ano, devido a informações falsas, parte delas disseminadas por páginas anônimas ou perfis fakes em redes sociais. O ocorrido no Cremesp reflete uma situação que hoje contamina a sociedade e a política nacional. Não defendemos a censura de ideias ou opiniões, longe disso. Mas não é possível que pessoas de má-fé – sob o manto do anonimato – não possam ser identificadas e responsabilizadas pelas mentiras que espalham. Repudiamos esta situação nociva às pessoas e às instituições. A sociedade e a categoria médica merecem a observância da ética na condução dos processos que envolvem o Cremesp.
Quero também agradecer aos colegas que apoiaram nossas propostas e nos colocaram como a segunda chapa mais votada. Sinto-me muito honrado pelos seus votos, assim como tem sido uma honra representar os médicos do Estado de São Paulo nos últimos anos.
O Cremesp é o maior Conselho Regional do Brasil, com mais de um terço dos profissionais do país, e destaca-se em iniciativas posteriormente adotadas nacionalmente pelos Conselhos médicos. A implantação do Exame do Cremesp e a defesa de uma avaliação nacional obrigatória para o exercício da Medicina são alguns
exemplos desse pioneirismo. Nesta edição, temos a grata satisfação de anunciar que esta causa acaba de ser ampliada pelo apoio das entidades nacionais ao exame obrigatório. Parabenizo os membros das entidades nacionais pela decisão e pelos aportes que aprimoram as propostas desta Casa, quando criou o Exame do Cremesp em 2005. Apesar das críticas iniciais, com o tempo conseguimos convencer a comunidade médica, por meio dos próprios resultados do exame, o quanto é necessário avaliar as escolas de Medicina do país.
O vanguardismo do Cremesp é uma condição quase natural em um órgão com jurisdição sobre o Estado mais populoso do país, que expressa realidades sociais distintas, de variados matizes políticos e religiosos. Desejamos que o corpo de conselheiros eleitos represente os médicos do Estado na sua pluralidade, pelos próximos cinco anos. A pluralidade é intrínseca à democracia, e não pode ser diferente nos Conselhos de Medicina.
Esperamos que os novos conselheiros consigam vencer os desafios e que tenham uma gestão exitosa, comprometida com a categoria médica, com a sociedade e com a dignidade da Medicina.
"Desejamos que o corpo de conselheiros eleitos represente os médicos
do Estado, na sua pluralidade"
Na mídia
Conselho repudia teor sensacionalista de matéria sobre erros médicos
Abordagem pode gerar impacto negativo na relação médico-paciente
O Cremesp, por meio de nota pública, manifestou indignação com a matéria Erro médico – ele é mais comum do que você pensa, publicada na revista Superinteressante, edição de julho de 2018. O posicionamento endossa a opinião do
Conselho Federal de Medicina (CFM) de que a matéria pode gerar um impacto negativo na relação médico-paciente, pautada pela ética, confiança e respeito à autonomia.
De acordo com a nota, a matéria difama, desde sua capa, a figura do médico, como único responsável por eventuais falhas no atendimento. Além disso, generaliza a problemática, ao apontar casos específicos de supostos “erros médicos”, sem levar em conta o contexto de sucateamento e subfinanciamento do precário sistema público de saúde, com más condições de trabalho, excesso de demanda, falta de profissionais e de insumos.
Convencidos de que o objetivo da matéria não se ateve à busca de soluções para o problema da saúde no país, o Cremesp reforça seu protesto, em nome dos mais de 140 mil médicos do Estado de São Paulo, contra a abordagem inadequada do tema.