GUIA DE BOAS PRÁTICAS NA DIVULGAÇÃO MÉDICA 25 Além disso, vale ressaltar que o médico não pode oferecer nenhuma vantagem, seja pecuniária ou por meio de descontos, para fazer comque o paciente ceda sua imagem. Essa prática, além de ser antiética, pode comprometer a relação médico-paciente, uma vez que o paciente pode se sentir pressionado a autorizar a divulgação de sua imagem. ATENÇÃO! As imagens de pacientes não podem ser tratadas, melhoradas ou sofrer qualquer tipo de edição que distorça o resultado do procedimento. Portanto, é proibido o uso de softwares como Photoshop, Lightroom, Canva e de filtros e similares, comumente utilizados para esse fim. Essas ferramentas só podem ser usadas caso o médico queira recortar, adequar a luz e nitidez ou adicionar tarjas, com o intuito de preservar a identidade do paciente. O médico também deve ter cautela com o tipo de imagem divulgada. Fotos de mamas femininas, região glútea ou íntima são proibidas em respeito ao pudor e à privacidade do paciente. Também não é permitido filmar procedimentos médicos em andamento, com exceção de partos, cujas imagens pertencem exclusivamente à paciente. Caso o profissional opte por utilizar imagem de bancos de imagem, como iStock, Shutterstock ou mesmo os gratuitos, é necessário que o médico indique na publicação de onde o material foi retirado e, caso seja de banco de dados próprio ou de terceiros, é necessária a autorização por parte do detentor dos direitos autorais. Como divulgar as imagens? Todas as imagens, independentemente de pertencer ou não a bancos de imagens ou a pacientes reais, devem ser acompanhadas de texto educativo com as indicações terapêuticas, fatores que influenciam possíveis resultados e descrição e imagens das complicações descritas na literatura científica. Imagens de “antes e depois”, de forma isolada, não são permitidas.
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