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Saúde em pauta



Janeiro Roxo


Dia Nacional de Combate e Prevenção da Hanseníase alerta a população sobre cenário alarmante do país

Alertar para a necessidade de controle da hanseníase e elucidar a população sobre a doença, o último domingo de janeiro é lembrado como o Dia Nacional de Combate e Prevenção da Hanseníase, uma das mais antigas doenças de pele, popularmente conhecida como lepra. A data foi instituída pela Lei N° 12.135/2009 e, neste ano, foi celebrado no dia 27.

A Hanseníase está presente em 24 dos 35 países das Américas. Em 2016, foram registrados um total de 27.357 novos casos, equivalentes a 12,6% da carga global (11,6% somente no Brasil), colocando a região das Américas como a segunda maior em número de casos reportados, atrás apenas do Sudeste Asiático, de acordo com o Ministério da Saúde.  

Apesar de ter maior incidência em alguns Estados, como Pará, Maranhão, Tocantins, Mato Grosso e Pernambuco, todos os brasileiros estão sujeitos a contrair a doença, que pode causar incapacidades e deformidades físicas. A hanseníase é uma doença infecciosa, de evolução crônica, causada pelo Mycobacterium leprae, microorganismo que acomete principalmente a pele e os nervos das extremidades do corpo.

Por muitos anos a patologia foi tratada com descriminação, provocando o apartamento e a marginalização dos doentes. Este estigma já não é mais tão comum, uma vez que a doença pode ser tratada e curada pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

A transmissão da hanseníase se dá de indivíduo para indivíduo, por germes eliminados por gotículas da fala, que são inalados por outras pessoas, penetrando o organismo pela mucosa do nariz. Outra possibilidade é o contato direto com a pele por feridas de doentes. No entanto, é necessário um contato íntimo e prolongado para a contaminação, como a convivência de familiares na mesma residência. Por isso, é fundamental que todos façam exames, caso haja alguém infectado na família.


A maioria da população adulta é resistente à doença, mas as crianças são mais susceptíveis, podendo ser facilmente contaminadas. O período de incubação varia de dois a sete anos e entre os fatores predisponentes estão o baixo nível socioeconômico, a desnutrição e a superpopulação doméstica, de acordo com a Organização Pan- Americana de Saúde (Opas).

Formas clínicas da doença

  • Hanseníase indeterminada: forma inicial, evolui espontaneamente para a cura na maioria dos casos e para as outras formas da doença em cerca de 25% dos casos. Geralmente, encontra-se apenas uma lesão, de cor mais clara que a pele normal, com diminuição da sensibilidade. Mais comum em crianças.
  • Hanseníase tuberculóide: forma mais benigna e localizada, ocorre em pessoas com alta resistência ao bacilo. As lesões são poucas (ou única), de limites bem definidos e um pouco elevados e com ausência de sensibilidade (dormência). Ocorrem alterações nos nervos próximos à lesão, podendo causar dor, fraqueza e atrofia muscular.
  • Hanseníase borderline (ou dimorfa): forma intermediária que é resultado de uma imunidade também intermediária. O número de lesões é maior, formando manchas que podem atingir grandes áreas da pele, envolvendo partes da pele sadia. O acometimento dos nervos é mais extenso.
  • Hanseníase virchowiana (ou lepromatosa):nestes casos a imunidade é nula e o bacilo se multiplica muito, levando a um quadro mais grave, com anestesia dos pés e mãos que favorecem os traumatismos e feridas que podem causar deformidades, atrofia muscular, inchaço das pernas e surgimento de lesões elevadas na pele (nódulos). Órgãos internos também são acometidos pela doença.


Principais sintomas

- Sensação de formigamento, fisgadas ou dormência nas extremidades;

- Manchas brancas ou avermelhadas, geralmente com perda de sensibilidade ao calor, frio, dor e tato;

- Áreas da pele aparentemente normais que têm alteração da sensibilidade e da secreção de suor;

- Caroços e placas em qualquer local do corpo;

- Diminuição da força muscular.

Prevenção

Além da divulgação dos principais sintomas da doença e do tratamento gratuito pelo SUS, a prevenção baseia-se no exame dermato-neurológico e na aplicação da vacina BCG em todas pessoas que compartilham o mesmo domicílio com o portador da doença.

Estratégia Global para a Hanseníase 2016-2020

Lançada em 2016 pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a Estratégia Global para a Hanseníase 2016-2020 está baseada em três pilares: fortalecer o controle, a coordenação e as parcerias do governo; combater a hanseníase e suas complicações; enfrentar a discriminação e promover a inclusão.

A estratégia fornece orientações aos gestores de programas nacionais de hanseníase para que tomem as medidas necessárias para reduzir a incidência da doença, em colaboração com vários setores, incluindo organizações que trabalham com direitos humanos e igualdade de gênero.
 

Fontes: Ministério da Saúde e Opas




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