CAPA
PONTO DE PARTIDA (pág. 1)
Mauro Gomes Aranha de Lima - Presidente do Cremesp
ENTREVISTA (pág. 4)
Paulo Saldiva
CRÔNICA (pág. 10)
Mario Prata
CONJUNTURA (pág. 12)
Aids: novos e velhos desafios
DEBATE (pág. 16)
O teto dos gastos públicos é realmente necessário?
HISTÓRIA DA MEDICINA (Pág. 23)
O outro lado das guerras
SINTONIA (pág. 26)
A sétima arte e humanização da Medicina
GIRAMUNDO (Pág. 30 e 31)
Avanços da ciência
PONTO COM (Pág. 32 e 33)
Mundo digital & tecnologia científica
HOBBY DE MÉDICO (págs. 34 a 37)
Adolfo Leirner
CULTURA (págs. 38 a 41)
Osesp
GOURMET (Pág. 42)
Edmund Baracat
CARTAS & NOTAS (pág. 46)
Espaço dos leitores
FOTOPOESIA (pág. 48)
Carlos Drummund de Andrade
GALERIA DE FOTOS
PONTO DE PARTIDA (pág. 1)
Mauro Gomes Aranha de Lima - Presidente do Cremesp
Dos laços construtivos e sustentáveis para um todo benfazejo
Novamente, a mais apreciada das publicações do Cremesp vem nos presentear com algumas das infinitas possibilidades de visões de mundo, tanto maior em profundidade e extensão quanto mais se disponham seus protagonistas médicos em ser (dentro e fora da Medicina) aquilo que praticam, para si e para os outros, tanto mais fortalecidos quanto mais coincididos em identidade e cooperação.
Assim deve o mundo aprimorar-se, em laços construtivos e sustentáveis de partes entre partes, para um todo benfazejo, em expansão.
Em tudo que fazemos (ou não fazemos) para si ou para outrem, os feitos (e não feitos) repercutem ao redor: na comunidade, no país, no mundo, nas gerações futuras.
Parece exagero (podem pensar), mas as matérias que vocês aqui lerão apontam o que digo.
A começar da entrevista – que demonstra o nexo indissolúvel entre saúde e meio ambiente, para o bem e para o mal, mas vai além ao apontar todas as dimensões necessárias para o ser humano viver sua completude – esta edição indica também uma alternativa, dentre as várias possíveis, para que nossos estudantes de Medicina reflitam sobre essenciais lições de humanismo por meio, quem diria, do cinema. E que, sobretudo, as absorvam e as interiorizem em sua futura prática médica.
Do tema mais árido, mas não menos importante, pois que pode repercutir no já cambaleante financiamento da Saúde – ou seja, a aprovação da PEC 55, que institui o congelamento dos gastos públicos por 20 anos –, em debate com visões e argumentos democraticamente antagônicos, o rol de temas visita caminhos mais suaves, mas tão necessários à condição humana.
Desde a leve e perfumosa culinária libanesa que suscita exóticas sinestesias e ressonâncias milenares; à música sinfônica, numa sala de concertos, que em tudo nos transporta para um sonho de harmonias; às práticas sexuais de menor risco para que amemos o próximo, sem danos ao distante; às artes visuais que, às cintilações do belo e do sublime, incitam-nos formas éticas de existir; aos destroços da guerra que o homem transforma em sementes de vida; e, finalmente, a Drummond: “o presente é tão grande, não nos afastemos, não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas”.
Boa leitura. Mais que leitura, reflexão.
Mauro Gomes Aranha de Lima
Presidente do Cremesp