Fome no mundo

O número de pessoas que sofrem com a fome no planeta caiu de 868 milhões, entre 2010 e 2012, para 842 milhões, entre 2011 e 2013, segundo o relatório anual A situação da insegurança alimentar no mundo, da ONU. Porém, a média de uma pessoa subnutrida, a cada oito habitantes, permanece. A área de maior incidência é a África Subsaariana, onde 24,8% das pessoas não têm o que comer. O problema, contudo, não para aí: mais de 15 milhões de pessoas passam fome, mesmo vivendo em países desenvolvidos.

Lago-medusa

O Lago Natron, no norte da Tanzânia, transborda mistério. Todo animal que ousa tocar suas águas é transformado em pedra. O estranho acontecimento se deve à elevada alcalinidade do lago, que varia entre 9 e 10,5 de pH. O teor extremamente alto de base e sal faz as criaturas se calcificarem à medida que secam, ficando impressionantemente preservadas. As imagens, captadas pelo fotógrafo Nick Brandt, foram publicadas no livro Across the Ravaged Land (Por toda a terra devastada).

Lente com zoom

Pesquisadores dos Estados Unidos e da Suíça, liderados pelo professor da Universidade da Califórnia, Joseph Ford, estão criando um novo modelo de lentes de contato que pode vir a oferecer uma visão telescópica, quando combinadas com óculos especiais. O tamanho da imagem pode aumentar em até 2,8 vezes. A intenção, a priori, é ajudar quem sofre com a degeneração macular relacionada à idade, uma das formas mais comuns de cegueira. Porém, objetivos militares também são cogitados, segundo a BBC.

Fio mágico

Desenvolvido na Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp, em Campinas, um fio de sutura enriquecido com células-tronco impressionou os pesquisadores em testes com animais. Eles acompanhavam a evolução de uma fístula intestinal – ferida aberta provocada por uma falha de cicatrização ainda de origem desconhecida e de difícil tratamento – quando decidiram aplicar o inédito fio de sutura. Três dias depois, notaram que a área do ferimento havia diminuído de tamanho, e quase fechado (75%). O tratamento convencional utilizado atualmente dura de 8 a 10 semanas.

Lendo um romance?

Imagem vencedora (O coração partido, de Gillian Gray, Megan Swin e Harris Morrison, da Universidade de Edimburgo), capturada com espécie de tomógrafo

Segundo a pesquisa Reading Literary Fiction Improves Theory of Mind, feita por pesquisadores da The New School for Social Research, EUA e divulgada pela revista Science, ler ficção literária de qualidade e envolver-se com obras de arte aumenta a compreensão dos estados mentais do outro e das complexas relações sociais que caracterizam as sociedades humanas, habilidade conhecida como Teoria da Mente (ToM). Leitura de não-ficção e ficção popular não tiveram o mesmo desempenho.

Cuidado com o peixe!

Um inseticida utilizado na piscicultura brasileira para o controle de doenças em peixes pode ser potencialmente tóxico e danoso ao meio ambiente, segundo estudo do Instituto de Biologia da Unicamp. Trata-se da substância comercializada com o nome de Dimilin, o diflubenzuron. Formada a partir de seu metabolismo, a p-cloroanilina (PCA) é um metabólito potencialmente cancerígeno e mutagênico para os seres humanos. O diflubenzuron tem o seu uso regulamentado apenas para as atividades agrícolas, mas ele vem sendo empregado, indiscriminadamente, na piscicultura.

Ciência, coração e arte

A Fundação Britânica do Coração inovou ao promover um concurso que aproxima a imagem diagnóstica da artística. A ideia foi premiar as melhores imagens ultrassônicas do fundo do coração. O resultado é surpreendente. Centenas de cientistas do Reino Unido enviaram imagens belíssimas. O vídeo vencedor ilustrou, com várias cores, um problema congênito no coração em que as cavidades superiores bombeiam o sangue de maneira incorreta. É possível conferir tudo na versão em português do site da BBC: http://www.bbc.co.uk/portuguese/videos_e_fotos/2013/07/130726_galeria_coracao_mdb_fl.shtml

Minicérebros

Cientistas austríacos desenvolveram, em laboratório, miniaturas de cérebros humanos do tamanho de ervilhas, a partir de células-tronco e células da pele, segundo a revista Nature. Especialistas ouvidos pela revista disseram que a pesquisa “pode transformar nossa compreensão sobre males neurológicos”. O estudo – desenvolvido por pesquisadores do Instituto de Biotecnologia Molecular de Viena – mostrou que as células reproduzem, em laboratório, algumas das etapas iniciais de desenvolvimento cerebral equivalentes às de um feto de nove semanas. Mas podemos ficar tranquilos: os minicérebros ainda não conseguem pensar sozinhos.

(Colaborou: Igor Ferraz)