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Renato Azevedo Júnior - Presidente do Cremesp


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CRÔNICA (pág.11)
Fabrício Carpinejar*


SINTONIA (pág.12 a 15)
Neurociência e Filosofia


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Todos os cidadãos têm o direito à saúde garantido?


EM FOCO (págs. 22 a 25)
Medicina sobre rodas


GIRAMUNDO (pág.26)
Curiosidades de ciência e tecnologia, história e atualidades


PONTO COM (pág.28)
Informações do mundo digital


HISTÓRIA (págs. 30 a 33)
Com 112 anos de história, Intituto Butantan é um dos maiores centros de biomedicina mundial


HOBBY (págs.34 a 37)
Médicos dedicam-se a escrever poemas


CULTURA (pág.38 a 41)
Pinacoteca de São Paulo realiza mostra sobre gravura brasileira


LIVRO DE CABECEIRA (pág.42)
Por Marco Tadeu Moreira de Moraes*


CARTAS & NOTAS (pág.43)
Medicina na Bolívia atrai grande número de brasileiros


TURISMO (págs. 44 a 47)
Cidades de Santa Catarina guardam um pouco da cultura europeia


FOTOPOESIA (pág.48)
Oscar Niemeyer


GALERIA DE FOTOS


Edição 62 - Janeiro/Fevereiro/Março de 2013

CULTURA (pág.38 a 41)

Pinacoteca de São Paulo realiza mostra sobre gravura brasileira

Na Pinacoteca, é tempo de gravura

A mostra Gravura Brasileira no Acervo da Pinacoteca de São Paulo vai até 2014, apresentando obras dos mais renomados artistas nacionais dentre os vários movimentos artísticos dessa linguagem visual


Permuta III, da série "Iusão Espacial",
1972, Dionísio dos Santos. Xilogravura
a cores sobre papel (37X43,5)
    

Os interessados em obras de arte, em especial gravuras de artistas brasileiros, já têm passeio garantido. Até 2014, a Pinacoteca de São Paulo realiza a mostra Gravura Brasileira no Acervo da Pinacoteca do Estado. A exposição – resultado de uma pesquisa feita em seu acervo com mais de três mil gravuras – marca o início das atividades sistemáticas do museu, este ano.


5738 de Fayga Ostrower, 1957.
Serigrafia a cores sobre papel (69,7X49,7)


Considerada uma forma de reprodução gráfica de imagens, as gravuras podem ser feitas a partir de diferentes técnicas. As mais comuns entre os artistas são: calcografia, ou gravura em metal; litografia, linóleo, serigrafia e xilografia. Esta última, feita em uma matriz de madeira, pode ser encontrada em várias obras expostas na mostra realizada pela Pinacoteca, como na gravura ‘Paraguay’, de Lívio Abramo.

A gravura é obtida por meio da aplicação de uma dessas técnicas em uma matriz e posterior impressão da imagem sobre o papel. De acordo com a Editora de Gravura, esse é um dos tipos de mídia mais antigos do mundo, e teve seu início no Brasil a partir da vinda da família real para o país, em 1808.

As obras da mostra pertencem a 105 artistas, entre eles Elisa Bracher, Maria Bonomi e Oswaldo Goeldi. Elas retratam grandes temas pertinentes à história da arte brasileira, da primeira década do século 20 até a primeira do século 21.

Em um dos conjuntos de obras, que representa a época da “Figuração e Expressionismo”, podem ser reconhecidos trabalhos de cunho social, realizados entre os anos 1920 e 1930, de artistas como Lasar Segall, Danubio Gonçalves, Poty Lazaroto, entre outros. A “Nova Figuração e Arte Pop” explora temas relativos à repressão política nos anos 60, cujas obras são representadas pelos artistas Rubens Guerchman e Antonio Dias.


Paraguay, 1966, de Lívio Abramo. Xilogravura sobre papel (35,2X49,6)

Dentre os gravuristas que se debruçaram sobre a “Abstração” estão presentes Edith Behring, Anna Bella Geiger, Farnesi de Andrade, Anna Letycia, Ibere Camargo, Maria Bonomi e Artur Piza. Já os “Geométricos e Construtivos” estão representados pelas obras de Irene Buarque, Rubem Valentim, e Mavignier.  Da produção “Contemporânea”, o público poderá conhecer obras de Maria Lucia Cattani, Elisa Bracher e Helio Fervenza, Marco Butti, Alex Cerveney, Sergio Fingerman, entre outros.


Gravura 4, de Iberê Camargo, 1968.
Água-forte e água-tinta sobre papel (48X62,7)

Destaca-se na exposição a artista Fayga Ostrower, gravadora, pintora, desenhista, ilustradora, teórica de arte e professora nascida na Polônia em 1920, tendo morado no Rio de Janeiro de 1934 até sua morte, em 2001. Conhecida no Brasil, na América Latina e na Europa, Fayga realizou exposições individuais no país e no exterior. Segundo informações do Instituto Fayga Ostrower, ela estudou Artes Gráficas na Fundação Getúlio Vargas, foi presidente da Associação Brasileira de Artes Plásticas durante quatro anos e presidiu a comissão brasileira da Internacional Society of Educations through Art (Insea), da Unesco.


Bela Lindoneia,1966, de Rubens Gerchman.
Serigrafia a cores sobre papel (67,7X67,7)

Lasar Segall, outro grande nome da gravura brasileira, também está presente na exposição. Nascido na Lituânia em 1891, Segall aos 21 anos já estava no Brasil, onde fez sua primeira exposição individual na Rua São Bento, na cidade de São Paulo. A partir de então, criou inúmeras obras. Em sua homenagem foi criado, em 1967, o Museu Lasar Segall, na capital paulista.

Rubem Valentim, artista brasileiro de destaque, que também faz parte da mostra, era baiano, de Salvador. Participou do movimento de renovação das artes plásticas naquele Estado, junto com outros artistas importantes como Mario Cravo Júnior e Carlos Bastos. É o criador da obra ‘Marco Sincrético da Cultura Afro-Brasileira’, instalada na Praça da Sé, no centro de São Paulo.


Azulão, 1961, de Isabel Pons.
Água-forte e água-tinta sobre papel (49.9X70)   


Outro importante artista que integra a mostra da Pinacoteca é Antonio Henrique Amaral, paulistano nascido em 1935. Formado pela Escola do Museu de Arte de São Paulo (Masp), ele teve contato com o poeta chileno Pablo Neruda e com o grande pintor brasileiro Candido Portinari, além de outros artistas que também têm obras expostas na Pinacoteca, como Ivan Serpa e Oswaldo Goeldi.

Colaborou: Vivian Costa



A exposição estará aberta à visitação até dezembro de 2014. A Pinacoteca do Estado de São Paulo abre de terça a domingo, das 10 às 17h30; e às quintas até às 22 horas, com entrada franca das 18 às 22 horas. Aos sábados, também, a entrada é gratuita. Nos dias pagantes, o ingresso custa R$ 6,00, e estudantes com carteirinha escolar pagam meia entrada. Crianças com até 10 anos e idosos com mais de 60 anos não pagam. O endereço é: Praça da Luz, 2, ao lado da Estação da Luz, no Centro de São Paulo. Telefone: 11-3324-1000.


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