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CAPA

PONTO DE PARTIDA (pág.1)
Editorial de Renato Azevedo Júnior - Presidente do Cremesp


ENTREVISTA (pág. 4)
Soren Holm - editor do Journal of Medical Ethics


SINTONIA (pág. 9)
Médicos e indústria farmacêutica


CRÔNICA (pág. 12)
Millôr Fernandes


DEBATE (pág. 14)
Aids: em discussão o tratamento profilático


MÉDICOS NO MUNDO (pág. 20)
As muitas guerras do dr. Filártiga


EM FOCO (pág. 24)
AVAAZ: protestos em um clique


HISTÓRIA DA MEDICINA (pág. 27)
Médico, torneiro mecânico e inventor


GIRAMUNDO (págs. 30/31)
Curiosidades da ciência e tecnologia, da história e de fatos atuais


PONTO COM (págs. 32/33)
Informações do mundo digital


SUSTENTABILIDADE (pág. 34)
Sacolas plásticas: uma história sem heróis nem vilões


LIVRO DE CABECEIRA (pág. 37)
Indicação da conselheira Ieda T. Verreschi*


CULTURA (pág. 38)
Pedro Almodóvar


MAIS CULTURA (pág. 41 )
A revolução romântica


HOBBY (pág. 42)
Sem efeito colateral


CARTAS & NOTAS (pág. 33)
SUS: Cremesp recolhe assinaturas


GOURMET (pág. 45)
Sabor de vida em família


FOTOPOESIA( pág. 48)
João Cabral de Melo Neto


GALERIA DE FOTOS


Edição 59 - Abril/Maio/Junho de 2012

CRÔNICA (pág. 12)

Millôr Fernandes

HIERARQUIA

Diz que um leão enorme ia andando chateado, não muito rei dos animais, porque tinha acabado de brigar com a mulher e esta lhe dissera poucas e boas(1).

Eis que, subitamente, o leão defronta com um pequeno rato, o ratinho mais menor que ele já tinha visto. Pisou-lhe a cauda e, enquanto o rato forçava inutilmente pra escapar, o leão gritava: “Miserável criatura, estúpida, ínfima, vil, torpe: não conheço na criação nada mais insignificante e nojento. Vou te deixar com vida apenas para que você possa sofrer toda a humilhação do que lhe disse, você, desgraçado, inferior, mesquinho, rato!” E soltou-o .
O rato correu o mais que pode, mas, quando já estava a salvo, gritou pro leão: “Será que V. Excelência poderia escrever isso pra mim? Vou me encontrar com uma lesma que eu conheço e quero repetir isso pra ela com as mesmas palavras!”(2)

(1) Quer dizer: muitas e más.
(2) Na grande hora psicanalítica, que soa para todos nós, a precisão de linguagem é fundamental.

MORAL: Afinal ninguém é tão inferior assim.

SUBMORAL: Nem tão superior, por falar nisso.


PERGUNTAS CRETINAS COM RESPOSTAS ENGATILHADAS

P. O curso do rio, dá diploma?
R. Só se o sujeito for muito pro fundo. 
P. Corrente marinha, serve pra amarrar cachorros?
R. Não, mas serve pra arrastar imbecis. 
P. Na Bienal, tem fratura exposta?
R. Quando os críticos entram em desacordo. 
P. Um perneta, pode passar a perna em alguém?
R. Se pode! Com um pé nas costas. 
P. Um químico, pode ter ações precipitadas?
R. Pode, mas isso nunca é uma boa solução. 
P. Patrão, o senhor podia me dar um aumento?
R. Agora não posso, meu filho, porque a situação é muito ruim, mas no ano que vem, se a empresa continuar a dar 34.000% de lucro, você será aumentado de acordo com o salário mínimo.
P. Cão que ladra, não morde?
R. Geralmente. Mas tem cachorros que conhecem o provérbio e latem só pra tapear. 
P. Por quem o senhor me toma?
R. Pelo senhor mesmo, ué. Eu não o chamei de imbecil? 
P. Cheque-mate, pode ser falsificado?
R. Com a vantagem de que o sujeito não acaba no xadrez. Já está. 


MILLÔR E OS FABULOSOS PENSAMENTOS DA CLASSE MÉDIA

Se você quer vencer na vida, tome nota. Quando estiver numa reunião e alguma frase brilhante lhe vier à cabeça substitua-a rapidamente por algumas frases, joias da mediocridade nacional:

“Eu adoro vestidos transparentes, mas não na minha mulher.”
“Quem trabalha não tem tempo de ganhar dinheiro.”
“Reconheço que Bergman é um grande diretor, mas eu vou ao cinema é para me divertir.”
Vai ser sucesso.

Poeminha sobre o tempo
O despertador desperta,
acorda com sono e medo;
por que a noite é tão curta
e fica tarde tâo cedo?


MILLÔR, O MAIOR DE TODOS

“O maior filósofo que o Brasil já teve escolheu como método o humor” (Ziraldo). “O Millôr é o maior de todos, inaugurou o humor moderno brasileiro. E foi um escritor brilhante” (Angeli).

Estas são duas das melhores definições de Millôr Fernandes, que morreu em 27 de março último, no Rio de Janeiro, aos 88 anos.

Jornalista, humorista, escritor, desenhista, cartunista, dramaturgo, tradutor e poeta, publicou cerca de 30 livros de prosa, três de poesia e um de desenhos, além de escrever 14 peças de teatro e 11 textos para espetáculos musicais. Sobretudo, tem uma vasta produção na imprensa, como colunista de várias publicações, em que destacou-se como uma das principais vozes da resistência à ditadura militar.

Trabalhou, entre outras, em O Cruzeiro, Pasquim, Estadão e Veja. Em 2000, inaugurou o site www2.uol.com.br/millor, que reúne boa parte de sua obra. Vale a pena conferir!



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