CAPA
PONTO DE PARTIDA (pág. 1)
Renato Azevedo Júnior - presidente do Cremesp
ENTREVISTA (pág. 4)
Mia Couto, biólogo e jornalista moçambicano
CRÔNICA (pág. 8)
Homenagem a Moacyr Scliar, médico e escritor, falecido em janeiro deste ano
SINTONIA (pág. 10)
Surge um novo conceito de doença e de saúde
CONJUNTURA (pág. 13)
Identificação possível
SAÚDE NO MUNDO (pág. 14)
Saúde Global versus Saúde Internacional
DEBATE (pág. 17)
A qualidade das embalagens comercializadas no país
GIRAMUNDO (págs. 22/23)
Curiosidades da ciência e tecnologia, da história e da atualidade
PONTO COM (pág. 24)
Acompanhe as novidades que agitam o mundo digital
EM FOCO (pág. 26)
Transtornos afetivos na infância
LIVRO DE CABECEIRA (pág. 29)
Confira a indicação de leitura de Caio Rosenthal*
CULTURA (pág. 30)
José Marques Filho*
GOURMET (pág. 36)
Uma receita especial de Debora Handfas Gejer e Geni Worcman Beznos
TURISMO (pág. 40)
A "suíça brasileira" bem ali, na Serra da Mantiqueira...
CARTAS & NOTAS (pág. 47)
Diretores e conselheiros da terceira gestão 2008-2013
POESIA( pág. 48)
Mia Couto em “Raiz de Orvalho e Outros Poemas”
GALERIA DE FOTOS
CONJUNTURA (pág. 13)
Identificação possível
Exame de DNA é usado para identificar vítimas da ditadura
A Polícia Federal (PF) utiliza, desde fevereiro, uma base de exames para tentar identificar ossadas de militantes políticos desaparecidos durante a ditadura militar (1964-85) que estariam enterrados nos cemitérios paulistanos de Vila Formosa e de Perus, no Instituto Médico Legal (IML) de São Paulo. Alguns alvos foram definidos pelo Ministério Público Federal em São Paulo e a Secretaria de Direitos Humanos (SDH) da Presidência da República. Esse novo posto tem dois trabalhos em andamento. As atividades começaram com a busca das ossadas de Virgílio Gomes da Silva, conhecido como Jonas, que teria sido morto durante tortura, em 1969. Em março, a ministra da SDH, Maria do Rosário Nunes, acompanhou as escavações à procura da ossada de Sérgio Corrêa, militante da Ação Libertadora Nacional (ALN).
Cerca de 30 exumações foram realizadas com o propósito de encontrar ossadas de Jonas ou de Corrêa. O trabalho é difícil, pois há poucas informações sobre os desaparecidos. “Tratam-se de ocorrências de mais de 40 anos. Os dados antropológicos são escassos”, informou o chefe de medicina forense do Instituto de Criminalística da PF, Jeferson Evangelista Corrêa. Poucos têm foto ou ficha dentária. “Os dados se restringem à altura, eventual fratura óssea ou dentição descritiva. Em três meses, espero que possamos concluir os trabalhos de busca de Corrêa e Jonas”, informou.
Em outubro de 2010, dois desaparecidos tornaram-se alvos de busca no cemitério de Perus. Foram desenterradas 10 ossadas. Três delas estão sob exame de DNA, em Brasília. As demais foram desconsideradas após os exames antropológicos. Mas ainda há outras desenterradas em Perus na década de 1990, que não foram examinadas. São mais de mil ossadas e algumas dezenas de alvos. Segundo Evangelista, os trabalhos com esse material podem durar de um a dois anos e devem começar no segundo semestre. A equipe que atua nas investigações é composta por profissionais da PF, entre eles, médicos, dentistas e peritos de geofísica. Também contam com um médico legista e um dentista do IML de São Paulo. O acordo entre o MPF-SP e a SDH para essa tarefa dura até 2015.
(Colaborou Bruno Martins)