Razão e sensibilidade
 

O que médicos esperam da primeira presidente mulher do Brasil, Dilma Rousseff, que agora integra o seleto grupo das 18 que ocupam atualmente o cargo de máxima liderança política nas 192 nações do mundo? Dilma recebeu 28 médicos para um almoço, ainda durante o período de transição de governo, em 20 de novembro. Eles reivindicaram mais investimentos em saúde, política de recursos humanos aos profissionais da área e uma Agência Nacional de Saúde Suplementar que, de fato, seja intermediadora entre empresas, médicos e usuários dos planos – ao contrário do que ocorre hoje. Organizado pelo cardiologista Roberto Khalil, o encontro reuniu lideranças médicas, entre elas os presidentes do Cremesp, Luiz Alberto Bacheschi; do Conselho Federal de Medicina (CFM), Roberto Luiz d’Ávila; da Associação Médica Brasileira (AMB) e Associação Médica Mundial, José Luiz Gomes do Amaral; além do oncologista e escritor Drauzio Varella.

PSF Fluvial

O Programa de Saúde da Família (PSF) inaugurou, no final de 2010, no Terminal Fluvial de Santarém, no Pará, a primeira embarcação para fornecer atendimento médico a populações ribeirinhas que vivem em áreas de difícil acesso, superando, assim, um obstáculo geográfico importante para tornar a atenção básica acessível. A estrutura conta com consultório médico e de enfermagem, recepção, laboratório, sala de procedimentos, farmácia, sala de vacina, cabines para os profissionais de saúde, cozinha e banheiros. A iniciativa é do Ministério da Saúde, por meio de seu grupo de Estratégia de Saúde da Família (ESF). As populações que serão atendidas estão localizadas na região da Amazônia Legal e no Estado do Mato Grosso do Sul.

Surrealismo nano

Fotografia do composto orgânico EDTA (sigla em inglês para ácido etilenodiamino tetra-acético), capturada pelo fotógrafo carioca do Instituto Oswaldo Cruz, Rodrigo Méxas, recebeu uma Menção Honrosa na edição de 2010 do Olympus BioScapes Digital Imaging Competition. A premiação escolheu as melhores imagens entre dois mil trabalhos inscritos em 61 países. “Os impactos visual e artístico da microscopia levam a imagens surreais”, afirmou Rodrigo, que se especializou em fotografia de compostos microscópicos. O composto EDTA possui funções diferenciadas, sendo usado tanto como descolorante para cabelos quanto na fabricação de pães e derivados alimentícios.

Escultura de 35 mil anos

Uma escultura em marfim de 35 mil anos, representando um mamute, está em exibição no Neanderthal Museum, localizado na cidade de Mettmann, na Alemanha. A peça, considerada a obra de arte mais antiga do mundo, foi encontrada no sul daquele país e inclui a exposição Mamutes, Gigantes da Era do Gelo (em inglês, Mammoths, Giants of the Ice Age), que receberá visitantes até 1º de maio de 2011.

Arte funerária

O artesão ganês Paa Joe, especializado na confecção de caixões funerários temáticos inusitados, expôs suas obras na renomada galeria britânica Jack Bell, em Londres. É tradição entre os ganeses tematizar os caixões, parte da crença de que o espírito do falecido não pode juntar-se à família se não passar pelos ritos funerários. O formato dos caixões remete à personalidade ou status social do morto. Dessa forma, é comum que pescadores sejam enterrados em caixões em formato de peixe, e, executivos, em caixões que reproduzem carros de modelos luxuosos. O trabalho de Paa Joe chama atenção pela criatividade, diferencial que o torna arte. 

PF cria banco de DNA de criminosos

A Polícia Federal (PF) implanta neste ano o primeiro banco de dados com perfis de DNA do país. O objetivo é reunir os dados genéticos de criminosos sob suspeita ou já condenados para auxiliar em investigações policiais. A polícia pretende criar a Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos, composta por laboratórios em 16 Estados e no Distrito Federal. Será utilizado um software que cruza informações genéticas, o Combined DNA Index System, cedido pelo FBI, como parte de um acordo de cooperação mútua com a polícia brasileira.

De Alencar para médicos

“Uma das lições da humildade foi perceber que existem pessoas muito mais elevadas do que eu, como os profissionais de saúde que cuidam de mim. (...) Cheguei à conclusão de que o que eu faço profissionalmente tem menos importância do que o que eles fazem. Isso porque meu trabalho quase não tem efeito direto sobre o próximo.”

A citação é do ex-vice-presidente da República José Alencar, em entrevista à revista Veja, ao falar sobre a luta contra o câncer que o levou a passar por frequentes internações e diversas cirurgias nos últimos anos.

Colaboraram Bruno Martins, Josimar Valério e Lígia Neiva.

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