CAPA
PÁGINA 1
Nesta edição
PÁGINAS 4 E 5
Cartas e notas
PÁGINAS 6,7,8,9,10 E 11
Entrevista
PÁGINAS 12 E 13
Crônica
PÁGINAS 14, 15, 16 E 17
Dossiê Acupuntura: uma breve história
PÁGINA 18
Dossiê acupuntura relato de caso
PÁGINAS 19,20,21,22,23
Dossiê acupuntura: panorama
PÁGINAS 24, 25, 26 E 27
Dossiê acupuntura em foco
PÁGINAS 28 E 29
Dossie Acupuntura: Vanguarda
PÁGINAS 30 E 31
Tecnologia
PÁGINAS 32 E 33
Medicina no mundo
Páginas 34 e 35
Opinião
páginas 36,37 e 38
Hobby
PÁGINAS 39,40,41 E 42
Gourmet
PÁGINAS 43,44,45 E 46
Agenda Cultural
PÁGINA 47
Resenha
PÁGINA 48
Fotopoesia
GALERIA DE FOTOS
PÁGINA 18
Dossiê acupuntura relato de caso
Medicina oriental e ocidental se complementam
Por Eliane Aboud*
Sim, vou ser cardiologista. Tive certeza disso já no primeiro ano da Faculdade de Medicina, quando cursei a disciplina de Biofísica. Depois de muitos anos atuando nessa especialidade, em um típico dia de consultas fui desafiada por um paciente renal crônico a lhe dar uma alternativa para as dores de joelho (artrose), uma vez que o tinha orientado a não fazer uso de antiinflamatórios: “doutora, então me receite um medicamento que tenha a mesma eficácia, e que não piore meu quadro renal”, disse ele.
Confesso que, até então, minha visão médica era muito cartesiana. Naquele mesmo dia, iniciei uma pesquisa sobre dor que me levou à Acupuntura. Fiquei realmente curiosa com o que lia a respeito da especialidade, pois não acreditava que pudessem existir tratamentos diferentes daqueles que a universidade me ensinara.
Às leituras somaram-se o encontro com pessoas que também estudavam o assunto, além de uma pesquisa veiculada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) sobre o tema, na qual descobri a lista de algumas doenças que poderiam ser tratadas com a Acupuntura. Hoje, entendo ser possível acrescentar a ela muitas outras doenças.
Julgo ser coincidência receber, dias depois, uma revista médica que fazia propaganda
de cursos de Acupuntura para médicos já formados. Interessei-me por um que achei mais adequado às minhas expectativas.
Foi, então, que as dificuldades começaram. Durante os dois anos de curso, eu exercia minha especialidade no consultório cardiológico, enquanto estudava conceitos extremamente abstratos na minha restrita visão médica. Entretanto, quanto mais me aprofundava no assunto, mais fascinada eu ficava pela Medicina Oriental. Até, finalmente, entender que as medicinas, oriental e ocidental, complementam-se, ampliando muito minha visão sobre a profissão médica.
Hoje, digo, com certeza, que, ao utilizar as duas abordagens no tratamento de um mesmo paciente, tenho a oportunidade de levar alternativas adicionais que elevam o potencial de melhora mais rapidamente e com menos uso de medicamentos e, assim, com menos efeitos colaterais.
*Médica cardiologista, especialista em Medicina Tradicional Chinesa e Acupuntura pelo Colégio Médico de Acupuntura e Associação Médica Brasileira, voluntária do ambulatório de Acupuntura do Departamento de Neurologia do HCFMUSP, e conselheira do Cremesp
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