CAPA
PÁGINA 1
Nesta edição
PÁGINAS 6,7,8,9,10 E 11
Entrevista
PÁGINAS 12 E 13
Crônica
PÁGINAS 14, 15, 16 E 17
Dossiê: Reprodução Assistida - História
PÁGINAS 18,19 E 20
Dossiê: Reprodução Assistida - Em foco
PÁGINAS 21 E 22
Dossiê: Reprodução Assistida- Vanguarda
PÁGINA 23
Dossiê: Reprodução Assistida - Repercussão
PÁGINAS 24, 25, 26, 27, 28, E 29
Dossiê: Reprodução Assistida- Debate
PÁGINAS 30 E 31
Tecnologia
PÁGINAS 32 E 33
Medicina no mundo
PÁGINAS 34 e 35
Opinião
PÁGINAS 36,37 E 38
Solidariedade
PÁGINAS 39,40,41 E 42
Turismo
PÁGINAS 43,44,45 E 46
Agenda Cultural
PÁGINA 47
Resenha
PÁGINA 48
Fotopoesia
GALERIA DE FOTOS
PÁGINAS 30 E 31
Tecnologia
Estamos em um mundo Linux e não sabemos
Por Lucio Tadeu Figueiredo*
Quando se fala em Linux, a maioria das pessoas sequer o reconhece como sistema operacional. Sugere algo distante, coisa de nerd de computador.
Contudo, já está em toda parte, dos smartphones aos eletrodomésticos, mesmo que não saibamos e sem ter uma marca comercialmente consolidada como o Windows. O Linux é o principal sistema operacional de grandes servidores e é muito utilizado por
supercomputadores de pesquisa. Ele é a plataforma da chamada “internet das coisas”, tecnologia que une tudo ao nosso redor à internet, para que possamos comandar, inclusive, nossas casas, a partir do computador. Não há como fugir do Linux.
O então pequeno sistema operacional de código aberto nasceu em 1991, como projeto pessoal de Linus Torvalds, estudante de engenharia de software finlandês, abrindo caminho para diversos desenvolvedores autônomos, que contribuíram para que seu núcleo ganhasse músculo e se tornasse o queridinho de diversas corporações. Por ser de código aberto, é gratuito, o que permitiu a evolução de diversos softwares em sua
órbita. Atualmente, o mais conhecido é o LibreOffice, um pacote de aplicativos completo para escritório. Mas a infinidade de aplicativos Open Source (código aberto) é absurdamente grande e contempla toda uma gama de necessidades atuais para computador pessoal.
Como tem o código aberto, o Linux, diferentemente do Windows, tem várias distribuições no mercado, tais como o Ubuntu, Red Hat, Debian, Fedora etc. O Ubuntu, é muito fácil de instalar e de usar em português do Brasil. Utilizo o LibreOffice (e antes o OpenOffice, versão mais antiga) há cerca de 20 anos, como suíte de escritório, em que realizo apresentações de slides. Também é a suíte que utilizo em minha clínica,
para impressão, escaneamento de documentos, planilhas etc. A vantagem desses programas é que são intuitivos, ou seja, a adaptação a eles é muito fácil.
Basta uma pesquisa na internet para verificar que praticamente todos os servidores de email utilizam o Linux, por questão de segurança e robustez. O Google o usa em seus servidores; e o sistema Android dos smartphones é baseado nele. Os servidores de grandes empresas como Amazon, IBM, Twitter e Facebook operam com a plataforma Linux. O McDonald's adota a distribuição Ubuntu Linux em seus terminais. Os submarinos americanos contam com o Linux Red Hat. A Nasa também adota o Linux em suas sondas espaciais. Os smartwhatches o utilizam, como, por exemplo, o relógio Garmin, útil para correr, nadar e pedalar, que é Android, e nunca trava.
Vários dispositivos móveis também se servem do Linux, como o Kindle e os tablets. Impressoras IBM o utilizam, assim como as geladeiras com acesso à internet. A Estação Espacial Internacional usa o Linux Debian para prover todo seu funcionamento. Muitas empresas, instituições governamentais e escritórios corporativos recorre às distribuições Linux, pois não é necessário o pagamento de licenças. Na educação,
diversos países instituíram o sistema Linux em escolas e faculdades, tais como Rússia, Alemanha, Filipinas, Suécia, Itália e Finlândia.
É muito Linux para quem nem sabia das aplicações dessa maravilhosa ferramenta. E por ser moldável às mais variadas necessidades humanas, será o futuro dos computadores. O Linux veio para ficar e já não conseguimos mais viver sem ele.
OPEN SOURCE, O NOVO JEITO DE FAZER CIÊNCIA
Por Vinícius Basseto Félix*, Larissa Bueno Fernandes** e Regina Albanese Pose***
O termo Open Source pode gerar confusão, já que muitos acreditam ser sinônimo de “gratuito”, embora seja bem mais do que isso. O conceito implica código aberto, isto é, há abertura para que todos possam contribuir com seu desenvolvimento, o que fomenta o senso de comunidade.
Dado o fortalecimento deste tipo de tecnologia, algumas áreas aproveitaram melhor o conceito de contribuição, especialmente a de pesquisa. Como os softwares especializados são caros, as alternativas Open Source tornaram mais natural a reprodutibilidade presente na ciência, já que todos possuem acesso.
Um dos expoentes do Open Source na área de pesquisa é a linguagem R, uma ferramenta para trabalhar com dados e análises estatísticas, que se popularizou, por ter sido criada para não programadores e ser gratuita.
Embora os comandos sejam executados por linha de código, a adoção do R tornou-se mais fácil, devido à gratuidade dos materiais disponíveis. Além disso, há integração com softwares comerciais como Excel, Stata, SAS e SPSS; e, também, fontes de dados como o DataSUS.
O Open Source tem diversas aplicações na área médica, como em análises epidemiológicas, sequenciamento genético, análise de sobrevivência e até em técnicas de aprendizado de máquina – atualmente muito utilizadas em estudos de neuroimagem – ou, ainda, de inteligência artificial, em que robôs auxiliam médicos e enfermeiros em atividades que vão desde a educação à tomada de decisão.
*Estatístico, mestre em Bioestatística e cientista de dados na H0 Consultoria;
**Estatística, mestre em Bioestatística e diretora de projetos na H0
Consultoria;
***Estatística, mestre em Ciências, professora da Universidade Municipal
de São Caetano do Sul (USCS) e conselheira do Conselho
Regional de Estatística – 3ª Região (SP, PR, MT E MS).