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Carta

Resposta à UNIFESP

O Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo, por intermédio de seu Presidente, e em respeito à epístola enviada, manifesta seu repúdio às colocações promovidas face a Diretora 1ª Secretária Dra. Irene Abramovich, durante o evento “Conversa com o CREMESP”, realizado na Unifesp em 22 de maio de 2024.

Malgrado o fato de alguns alunos tenham se levantando durante a fala da representante deste Conselho, compreendemos como hostil o conteúdo da carta enviada pela universidade frente os fatos ocorridos contra uma diretora representante desta Casa Ética que, ao contrário do entendimento da UNIFESP, discutia as diversas formas de atuação dos médicos em campo, digressa de qualquer manejo ou asseveração que resultasse em fala inapropriada, tampouco ideológica como a universidade tenta vincular.

O entendimento sobre o exercício da medicina pela Dra. Irene Abramovich deve ser festejado como um patrimônio da medicina desse Estado, diante da história de dedicação, grandeza e conquistas aos médicos desde sua formação pela Universidade de São Paulo, passando por diversas atividades de gestão a exemplo da presidência desta Casa, e em especial, a coordenadoria da Residência Médica da SES/SP por mais de 30 anos e da direção do Centro de Reabilitação da FMUSP.

A postura adotada pelos alunos que se levantaram em troça durante a fala de nossa diretora presente, não obstante indelicada com a médica de 81 anos, afronta as atuais posições do ordenamento jurídico brasileiro e demonstra um espírito preconceituoso e ideológico de alguns alunos da UNIFESP, mais assertivamente uma espécie de preconceito pessoal e institucional.

Giro outro, a situação imposta pelos alunos da UNIFESP revela não à toa, a insensibilidade brutal com a representante da diretoria presente no evento realizado em 22 de maio de 2024, cujo descaso e omissão não serão tolerados pelo Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo.

Diante disso esperamos que a conduta constrangedora durante o evento, as falas e acusações encaminhadas, deixem de confirmar o desrespeito e a agressão contra a decana desta Casa, e sejam objeto de escusas pela UNIFESP para que honre sua história na medicina e utilize deste lamentável episódio para aumentar a promoção de políticas públicos volvidas ao fortalecimento das garantias legais à pessoa humana nesta maravilhosa etapa da vida.

Sendo o que tinha para o momento, apresento meu protesto de estima e consideração.