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Notícias
30-06-2017 |
Cracolândia |
Em debate na Fundação Fernando Henrique Cardoso, Aranha defende tratamento individualizado |
A Fundação Fernando Henrique Cardoso promoveu, nesta quinta-feira (29/6), um debate com o tema “Cracolândia: como governo e sociedade devem lidar com a questão?”. Mauro Aranha, presidente do Cremesp, e Floriano Pesaro, secretário de Desenvolvimento Social de São Paulo, detalharam as ações tomadas pela sociedade civil, órgãos de controle social e poder público nas últimas semanas sobre a região conhecida como Cracolândia, no Centro de São Paulo. No debate, Aranha afirmou que a abstinência e os programas de redução de danos não são excludentes, mas complementares. “O programa de redução de danos é perfeitamente coerente até que se aguarde a aceitação do usuário com a abstinência. Eles ocorrem em momentos distintos, de acordo com o estágio do tratamento de cada pessoa, mas são compatíveis”, explicou o presidente do Cremesp. Aranha também ressaltou que o extinto programa “De Braços Abertos” foi uma tentativa de resgate da cidadania e teve pontos bastante positivos na questão da redução de danos e, independentemente de orientações partidárias, deveria ser continuado e melhorado. Porém, apontou que oferecer a moradia para os usuários de crack nas cenas de uso foi uma falha. “Um dos erros do programa foi oferecer os hotéis no território da Cracolândia. Esses hotéis têm que ser supervisionados pelo Estado, mas em locais intermediários, entre a Cracolândia e os bairros de origem dessas pessoas. Para que, a partir daí, se faça a reconstrução dos laços familiar e comunitário, para que, passada esta etapa, voltem para suas comunidades”. Para o secretário de Desenvolvimento Social, as ações de dispersão promovidas pelo Estado e Prefeitura na Praça Princesa Isabel foram positivas. “À medida em que você dispersa (a população da Cracolândia) fica mais difícil para o traficante vender (drogas), e fica mais para o poder público abordar a população”, defendeu Pesaro. Para Aranha, o importante é focar em como é possível resolver a situação a partir de agora. “O que se defende é que, daqui por diante, essas pessoas (que viviam ou ainda vivem na região da Cracolândia) sejam vinculadas a seus tratamentos individualizados e acompanhadas longamente pelo Estado. Porque, senão, outra Cracolândia pode surgir, em outra região, como foi, durante alguns dias, na Praça Princesa Isabel”, destacou. Para conferir o debate na íntegra, clique aqui. |