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Notícias
19-05-2017 |
Câmara Interdisciplinar |
Para vice-presidente do Cremesp, é preciso desencadear uma cultura de cuidados paliativos na formação médica |
Os médicos ainda não dão a devida importância aos cuidados paliativos, embora estes sejam considerados como muito importantes por pacientes, familiares e sociedade em geral, em casos de doenças graves, incuráveis e que evoluem para morte. A análise foi feita pelo vice-presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), Lavínio Nilton Camarim, na abertura dos trabalhos da nova Câmara Interdisciplinar de Cuidados Paliativos, que realizou sua primeira reunião, nesta quinta-feira (18/5). “A morte nos deixa comovidos porque a sentimos como perda, como algo que nos é tirado, mas temos de encará-la como uma evolução natural da vida”, afirmou Camarim. “Quando os profissionais de saúde introduzem os cuidados paliativos, nos casos em que são necessários, eles trazem o respeito à dignidade do paciente no campo biopsicossocial e espiritual”, complementou. “Os cuidados paliativos introduzem a família no cuidar de um ente querido que tem os dias programados. Esse campo de atuação traz conforto não apenas ao paciente, mas também aos familiares que interagem com ele”, concluiu Camarim. As câmaras interdisciplinares do Cremesp são comissões compostas por especialistas ou profissionais da área em questão, que auxiliam o Cremesp na elaboração de pareceres e publicações, entre outros. A nova Câmara Interdisciplinar de Cuidados Paliativos é composta por profissionais da Medicina, Enfermagem, Psicologia, entre outros. Camarim defendeu que é necessário interferir para valorizar os cuidados paliativos na formação em saúde. “A expectativa é que esta Câmara discuta propostas para desencadear uma cultura do cuidar e para levar essa parte do alívio e da amenização da dor ao estudante que está cursando Medicina e outras profissões da área da saúde”, afirmou. Ele também elogiou a iniciativa pioneira do conselheiro responsável pela nova Câmara, Reinaldo Ayer de Oliveira, que também é coordenador do Centro de Bioética do Cremesp. “A criação da Câmara de Cuidados Paliativos é um avanço e um caminho sem volta para enraizar esse campo de atuação nas 14 profissões nas áreas da saúde”, finalizou o vice-presidente do Cremesp. Representatividade Reinaldo Ayer discorreu sobre os critérios que nortearam as escolha dos membros da Câmara, que incluíram a profissão, o serviço em que atuam e a representatividade social. Os integrantes da Câmara falaram sobre o desenvolvimento ainda incipiente da área de cuidados paliativos nos serviços de saúde, além de algumas interpretações equivocadas sobre suas práticas. Ayer destacou que o entendimento tão diverso de cuidados paliativos demonstra a necessidade de um plano de atuação para que eles sejam compreendidos e aplicados adequadamente. Ele lembrou também que “o cuidado paliativo deve ser iniciado quando houver risco de vida em paciente acometido de doença grave, representando maior cuidado com a dignidade da pessoa”. Pelo Cremesp, participam da Câmara o diretor vice-corregedor Aizenaque Grimaldi, o coordenador das Delegacias Metropolitanas, Clóvis Francisco Constantino, o coordenador do Departamento Jurídico, Paulo Cézar Mariani, além dos conselheiros Antonio Pereira Filho, Caio Rosenthal, Luiz Antonio da Costa Sardinha e Silvana Morandini. Também foram convidados a compor a nova Câmara os seguintes nomes: Claudia de Lima Arantes, Ana Lucia Coradazzi, Dalva Yukie Matsumoto, Daniel Neves Forte, Daniela Achette, Ednalda Maria Franck, José Carlos dos Santos Junqueira, Jussara de Lima e Souza, Maria Goretti Sales Maciel, Maria Júlia Kovács, Maria Valéria de Omena Athayde, Marysia Mara Rodrigues do Prado de Carlo, Mônica Estuque Garcia de Queiroz, Ricardo Tavares de Carvalho, Rodrigo Alves Santos, Sandra Caires Serrano, Silvia Maria de Macedo Barbosa, Simone Brasil de Oliveira Iglesias, Thays Antunes da Silva. |