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    14-03-2017

    Ensino Médico

    Cremesp e Sírio-Libanês debatem a cultura da avaliação do ensino médico no Brasil

    Donald Melnick, Suzanne T. Anderson e Bráulio Luna Filho

    Na última segunda-feira, 13/3, o Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), o Instituto Sírio-Libanês de Ensino e Pesquisa (IEP/HSL), o National Board of Medical Examiners (NBME) e representantes de escolas médicas do estado de São Paulo, realizaram um evento para debater um processo de avaliação que permita, às escolas, identificar áreas do ensino que podem ser aprimoradas.

    O encontro contou com a presença de Donald Melnick, ex-presidente da NBME e atual vice-presidente sênior e diretor da divisão de Pesquisa e Desenvolvimento do NBME; Suzanne T. Anderson, presidente do Conselho de Administração daquela entidade; Bráulio Luna Filho, diretor primeiro-secretário do Cremesp e coordenador do Exame Cremesp e da Avaliação Periódica do Ensino Médico (APEM); e Luiz Fernando Lima Reis, diretor de Ensino e Pesquisa do IEP/HLS.

    Durante as apresentações, Melnick falou sobre a história das avaliações do ensino médico nos EUA e Canadá feitas pelo NBME, que ocorrem desde 1915. Segundo ele, inicialmente, cada estado norte-americano tinha sua versão de exames e, durante muito tempo, estas avaliações eram voluntárias e exigidas apenas em circunstâncias especiais, como de médicos vindos de outros países. Somente no início dos anos 1990, é que houve a padronização do método naquele país, que tornou-se obrigatório para a emissão de certificados de qualificação profissional para todos os recém-formados em medicina.

    Aplicados em duas etapas, os testes priorizam na etapa 1 os conceitos básicos e na etapa 2 os conhecimentos e habilidades clínicas necessárias profissional. Adicionalmente, ao longo dos anos, vêm sendo desenvolvidos instrumentos capazes de verificar o comportamento humanista do candidato e identificar possíveis condições que impossibilitem o desempenho na profissão.

    “Não há como desempenhar a profissão nos EUA se não for certificado pelo NBME”, explica Melnick, destacando que, a minoria reprovada no exame pode submeter-se mais seis vezes aos testes, respeitando o máximo de duas vezes por ano.

    O diretor primeiro-secretário do Cremesp, Bráulio Luna Filho, apresentou resultados da série histórica do Exame do Cremesp (avaliação aplicada aos recém-formados dos cursos de Medicina paulistas há 12 anos).

    Durante sua fala, Luna Filho afirmou que até o ano de 2005 buscava-se entender o motivo de tantas queixas que chegavam ao Cremesp. “Sabíamos que tínhamos que defender a população, mas para isso precisávamos entender o que havia de errado com a profissão”. Foi quando se percebeu que a origem do problema estava na qualidade do ensino médico e na abertura indiscriminada de cursos de medicina, que lançavam no mercado profissionais despreparados. Após dois anos de discussão, e com o apoio da Fundação Carlos Chagas, decidiu-se adotar um modelo de avaliação aos egressos que valorizasse as habilidades especificas da profissão, além das cognitivas.

    Atualmente a prova não é obrigatória para o recebimento do registro de médico. Mesmo assim conta com alto índice de adesão dos médicos recém-formados de São Paulo, em torno de 90%, além daqueles de outros Estados que desejam se autoavaliar. “Não é uma prova difícil, mas é capaz de discriminar claramente quem tem ou não conhecimentos clínicos básicos”, afirma Luna Filho.

    Para ele, uma das grandes vantagens do encontro no Sírio-Libanês foi a de estudar a possibilidade de adaptar o modelo de avaliação americano à realidade do ensino médico no Brasil e dar início a uma transformação na formação médica.

    Para o diretor de Ensino e Pesquisa do IEP/HSL, Dr. Luiz Reis, é preciso criar a cultura da avaliação no ensino médico. “O objetivo deste encontro não é a criação de um exame que aprove ou não o recém-formado para a prática médica. Aproveitando a experiência centenária do NBME e seus reconhecidos exames Step 1 e 2, que avaliam, respectivamente, os conhecimentos fundamentais das áreas básica e clínica, pretendemos fornecer uma ferramenta de avaliação que, aplicada durante o terceiro e o quinto ano do curso de medicina, permita identificar áreas do ensino que precisam ser aprimoradas. Através de relatórios personalizados fornecidos às escolas participantes, os coordenadores dos cursos médicos terão condições de identificar onde seus alunos apresentam bom desempenho e onde são necessárias mudanças”, afirma.

    O encontro abordou também as experiências da Rede Faimer Brasil (Fundação para o Avanço do Ensino e Pesquisa Médica Internacional), com a colaboração da Universidade Federal do Ceará; e da Universidade de São Paulo (USP) nos testes de avaliação.

    Participaram do encontro representantes da direção de escolas médicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP); Universidade Federal de São Paulo (Unifesp); Faculdade de Medicina da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo; Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho” (UNESP) Botucatu; Universidade de Mogi das Cruzes (UMC); Universidade Cidade de São Paulo (UNICID), Universidade Anhembi Morumbi; Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP); Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (FAMERP); Universidade São Camilo; Centro Universitário Barão de Mauá; Faculdade de Ciências da Saúde de Barretos e Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (FACERES).

    Foto: Osmar Bustos


    Veja os comentários desta matéria


    A avaliação tem que ser obrigatória e eliminatória para quem não for aprovado. Sem registro no CRM até ser aprovado, tal qual a OAB. Existem faculdade de medicina investigada por venda de diploma, é urgente acabar com isso e com esses cursos sem qualificação. o mesmo deveria valer para as demais graduações da saúde.
    Carla

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