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Notícias
24-02-2017 |
Sessão Plenária |
Bolsistas de Bioética do Cremesp apresentam resultados de pesquisa a conselheiros |
Os três melhores estudos do Programa de Bolsas sobre Ética Médica e Bioética (turma 2016) foram apresentados aos conselheiros do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), durante a Sessão Plenária desta terça-feira (21/2), na Capital. Três estudantes de Medicina, autores dos melhores trabalhos eleitos, exibiram temas relacionados à ética em pesquisas, violência contra crianças e adolescentes e a organização de fila de espera para cirurgia bariátrica no Sistema Público de Saúde (SUS). O Programa de Bolsas sobre Ética Médica e Bioética incentiva alunos do 1° ao 5° ano de Medicina a desenvolver e valorizar o enfoque ético e bioético na assistência e aproximar a relação do Cremesp com as escolas médicas. No ano passado, 72 trabalhos foram inscritos para o programa e 20 foram projetos contemplados com a bolsa. Para o conselheiro Reinaldo Ayer, coordenador do Centro de Bioética e responsável pelo programa de bolsas, a iniciativa estimula os alunos a irem além do que o oferecido no curso de Medicina. “Todos os anos recebemos os resultados das pesquisas e ficamos muitos satisfeitos com as apresentações. Os trabalhos deste ano, entretanto, foram além. Recebemos pesquisas com muita originalidade, além de serem extremamente consistentes e com resultados interessantes, capazes de questionar o modo como algumas questões são tratadas na atualidade e, inclusive, trazer pontos significativos para o debate”. “Acreditamos nos jovens e contamos com o seu envolvimento e dedicação nos temas da Medicina e, principalmente, em relação às questões éticas. É importante incentivarmos os estudos interdisciplinares, pois a Medicina envolve o humano, e o humano envolve muitas outras questões”, completou Mauro Aranha, presidente do Cremesp, incentivando os alunos a continuarem acompanhando temas ligados à prática ética médica. Pesquisas O estudo de Maria Carolina de Figueiredo, sobre o “Projeto de Lei nº 200/2015: O Confronto à Eticidade das Pesquisas envolvendo seres humanos”, orientado por Aguinaldo Gonçalves, pela PUC de Campinas, analisou pesquisas clínicas e discussões do projeto no Senado Federal, propondo uma reflexão sobre a regulamentação das pesquisas clínicas em seres humanos. “O vínculo da Medicina e da Ética acaba ficando de lado em muitos momentos durante a prática médica, inclusive no ambiente universitário. Com a realização deste projeto, pude entender e acompanhar melhor sobre os projetos relacionados à ética médica que tramitam no Senado, atualmente, e descobrir sobre os principais fundamentos e seus envolvimentos no âmbito social”, explica Maria Carolina. “Violência contra a criança e o adolescente: discussão dos aspectos epidemiológicos e clínicos de pacientes atendidos na Santa Casa de Saúde Santa Marcelina entre os anos de 2011 e 2015” foi o tema do trabalho de Bruna Fernanda de Camargo, da Faculdade Santa Marcelina, orientado por Claudio Barsanti. Em seu projeto, Bruna analisou fichas do serviço social de pacientes que passaram pelo hospital e propôs alguns pontos que poderiam diminuir a subnotificação desses casos. Para Bruna, “com um sistema de notificação eficiente, casos de violência contra crianças poderiam ser compreendidos e estudados de modo mais aprofundado. É importante falarmos disso, principalmente agora que a bioética vem sendo valorizada e ganhando espaço nas discussões acadêmicas e nas práticas médicas”. Em “Aplicação de uma escala de estadiamento clínico na gestão do acesso à cirurgia bariátrica no SUS: um estudo retrospectivo”, Nicolas Chiu Ogassavara, da Faculdade de Medicina da USP – São Paulo, orientado por Beatriz Helena Carvalho Tess, propõe uma escala utilizada para a identificação de pacientes de maior risco, tornando o critério de seleção de pacientes de cirurgia bariátrica mais justo. “Minha pesquisa busca falar principalmente da questão das filas de espera por cirurgia bariátrica, e como o conceito de equidade deve estar presente nesse momento, podendo proporcionar um melhor atendimento aos pacientes”, afirma Nicolas. |