O Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) manifesta seu apoio ao movimento “Unidos pelo Centro de Atenção Integrada à Saúde Mental - CAISM Vila Mariana”, organizado por médicos, funcionários e pacientes da unidade, que pode ter seus serviços interrompidos devido a uma grave crise financeira e de gestão.
Para o Cremesp, o fechamento desse serviço representa grande prejuízo à população assistida, além de comprometer sua importante função social, uma vez que o pronto-socorro da unidade presta assistência a todas as regiões da cidade, com um volume de atendimento superior a 11 mil pacientes por ano e realiza, aproximadamente, 10 mil consultas ambulatoriais mensais.
“Vemos com extrema preocupação o iminente fechamento de um equipamento de saúde desse porte, que também é voltado ao aprimoramento profissional, sediando um dos maiores programas de residência médica do Estado de São Paulo, hoje com 61 residentes, e cursos de pós-graduação e graduação em Medicina, Fonoaudiologia, Enfermagem e Psicologia”, ressaltou o psiquiatra e presidente do Cremesp, Mauro Aranha. O local é sede do Departamento de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da Santa Casa de São Paulo e serve como campo de estágio na área de saúde mental.
O CAISM foi fundado em 30 de outubro de 1998, fruto da parceria entre a Santa Casa e a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, cabendo à Irmandade a administração e o funcionamento do hospital. Ali funcionam serviços de ambulatório, hospital-dia, internação e emergência psiquiátrica, atendendo as especialidades de psiquiatria geral, infantil, forense, idosos, álcool e drogas, autismo, LGBT, entre outros.
A Santa Casa de São Paulo, gestora do serviço, enfrenta uma crise financeira sem precedentes em sua história, que se intensificou no final de 2014, passando por readequação do quadro de funcionários, venda de imóveis desalugados e mudança de provedor.
“O Cremesp é conhecedor da grave situação enfrentada pela Santa Casa, mas espera que a instituição encontre alternativas para superar este momento, sem que seja necessário impingir sofrimento e desassistência à população”, completou Aranha.
São Paulo, 19 de outubro de 2016
Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo
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