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Notícias
27-06-2016 |
Mauro Aranha |
SOS Hospital Universitário |
“O caso do HU-USP nos impõe uma reflexão específica sobre o compromisso e a importância de nossas universidades com a Saúde” O Hospital Universitário da USP (HU-USP) chegou ao ápice de uma crise que se arrasta desde 2014, quando começou a se cogitar sua desvinculação da USP. Há mais de um mês foi restringido o atendimento pediátrico e oftalmológico e diversas grávidas deixaram de ser assistidas, tendo de recorrer a outros serviços da Zona Oeste. A seguir, houve limitação dos atendimentos em pronto-socorro. O impacto para a população, especialmente da região, é enorme. Funcionários foram estimulados a se demitir voluntariamente e mais de 200 assim o fizeram nos últimos tempos. Além disso, 25% dos leitos do HU foram fechados. Trata-se de um drama que tende a se amplificar em um momento em que muitos brasileiros perdem emprego por conta da crise econômica e, por absoluta falta de opção, abandonam planos de saúde, retornando às filas da rede pública. Os protestos dos cidadãos e a recente greve de servidores para denunciar a escassez de estrutura, recursos e mão de obra qualificada ganharam a imprensa de semanas para cá. São sinal de alerta para um problema que está longe de ser pontual. Por isso, estivemos e estaremos dialogando com os diversos atores envolvidos na crise. O caso do HU nos impõe uma reflexão específica sobre o compromisso e a importância de nossas universidades com a saúde. O tripé ensino, pesquisa e assistência deve ser resgatado, preservado e valorizado em prol da formação de profissionais em nível de excelência, a um só tempo, técnica e ética, pois que os benefícios, invariavelmente, decorrerão em bem-estar para a comunidade. O Cremesp atua como intermediador responsável dessa crise, visando contribuir para que o serviço volte à normalidade. Mais do que isso, para que o HU-USP faça jus à identidade e à missão idealizadas em sua criação: hospital-escola comunitário em que o ensino de graduação se dê em consonância com o perfil epidemiológico e sanitário da região, habitada por 600 mil pessoas. Cabe à USP, ao Governo do Estado e à Prefeitura do Município de São Paulo assumirem sua parcela de responsabilidade e criar alternativas para que os habitantes da região não sejam penalizados. Temos a informação que para reativar plenamente os serviços do HU são necessários cerca de R$ 14 milhões. Se pensarmos nas cifras que ocupam diariamente a imprensa no noticiário político-policial sobre desvio de verbas no País, há de se convir que é possível e razoavelmente barato resolver o problema. Esperamos sensibilidade e ações imediatas para o restabelecimento pleno do Hospital Universitário. Estamos vigilantes. Mauro Gomes Aranha de Lima é presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo |