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    07-06-2016

    Crise no HU

    Cremesp incrementará participação nos esforços pela recuperação do HU/USP


    Chino Júnior, Gérson Salvador, Mauro Aranha e Ana Lúcia:
    esforços para minimizar a pior crise já enfrentada pelo HU/USP

      
    A falta de leitos e de médicos no Hospital Universitário da Universidade de São Paulo (HU/USP), provocada pela escassez de recursos, além das recentes medidas de redução da estrutura de atendimento, preocupa o Cremesp. “Queremos ajudar a resolver a questão e nos envolvermos nas conversações dos representantes do HU/USP com o Ministério Público (MP)”, afirma Mauro Aranha, presidente do Cremesp. O Conselho realizou fiscalização no final do mês de maio, na presença de representantes do Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp) e do promotor do MP, Artur Pinto.

    A médica Ana Lucia Sassaki, do HU/USP, e Gérson Salvador, vice-diretor clínico do HU e secretário de Comunicação do Simesp, estiveram em reunião com o presidente do Cremesp e o conselheiro do Cremesp e secretário de Relações Sindicais e Associativas do Simesp, Otelo Chino Júnior, no dia 3 de junho, relatando a situação dos profissionais e pacientes do hospital de ensino, criado em 1981 e referência fundamental para a atenção secundária da comunidade local. No entanto, a administração do hospital restringiu o atendimento pediátrico e oftalmológico e encaminhou mulheres grávidas para unidades da rede pública da zona Oeste da Capital. A partir do dia 10, irá limitar os serviços do pronto-socorro adulto. Das 19 horas às 7 horas, serão atendidos apenas casos de emergência.

    De acordo com Salvador, o HU vive uma de suas maiores e piores crises, uma vez que suas verbas não podem ultrapassar 8% do orçamento da USP, valor que tem diminuído com o período de recessão e com a própria crise da universidade. “Apesar do crescimento da população e da criação da USP Leste, que aumentou o número de vagas de graduação, o orçamento é o mesmo desde 1992. Defendemos que o HU continue na USP, mas que o orçamento seja complementado a partir da colaboração dos Ministérios da Saúde, governo do Estado e Prefeitura”, diz Salvador. Para Ana Lúcia, o HU seria um modelo de hospital escola a ser reproduzido e não sucateado: “Defendemos a manutenção da escola médica pública de qualidade”. Aranha comentou que o que está em jogo é o compromisso da universidade com a assistência. E que a tríade ensino, pesquisa e assistência devem estar juntas em benefício da população. 

    Orçamento
    O reitor da USP, Marco Antonio Zago, defende, há dois anos, que os recursos recebidos da USP são suficientes para o HU, mas que a estrutura está inflada. Alegando que a obrigação de prover Saúde é do Estado, ele pretende repassar a administração do HU para o Hospital das Clínicas, no que também não tem obtido sucesso. O secretário de Estado da Saúde de São Paulo, David Uip, declarou que o HU nada tem a ver com a SES/SP e que não caberia em seu orçamento.

    Inicialmente, Zago propôs medidas para reduzir custos exterminando áreas que não fossem de ensino e extensão na universidade, como o museu, assistência estudantil e creche, eliminando a assistência aos funcionários. Com a implantação do plano de incentivo à demissão voluntária, 213 funcionários deixaram o HU, incluindo 25 médicos. Isso agravou ainda mais a situação da assistência à população, uma vez que as vagas não foram repostas, havendo o fechamento do pronto atendimento de oftalmologia e de mais de 50 leitos, bloqueio de 40% da UTI e restrição nos ambulatórios de todas as especialidades, entre outros. “Não temos plantonistas e há dificuldade para fechar as escalas de atendimento. Os profissionais contratados é que realizam os plantões, especialmente os que ingressaram mais recentemente no HU”, afirma Salvador

    Fiscalização
    O Cremesp já havia realizado fiscalização no HU dois anos atrás e constatado o fechamento de alguns serviços. “O Simesp também procurou o Ministério Público porque a prática ética do médico estava em risco”, diz Salvador.

    Há cerca de 10 dias, os profissionais do HU entraram em greve e notificaram o Cremesp porque consideram que há riscos éticos iminentes na atual situação do hospital, além de comprometer a formação dos jovens médicos. Eles reivindicam a contratação de profissionais e a abertura de leitos, que o pronto-socorro seja referenciado com número suficiente de médicos. Ana Lucia e Salvador relataram situações de burnout pelo intenso desgaste com a administração, pacientes e familiares, culminando inclusive em violência contra os profissionais de saúde que ali atuam.  



    Acompanhe AQUI íntegra da carta enviada pelo Cremesp ao reitor da Universidade de São Paulo, Marco Antonio Zago, manifestando preocupação sobre a grave crise que atinge o atendimento à saúde no Hospital Universitário da USP.

     

    Tags: Hospital UniversitáriocrisereuniãoSimespatendimentofiscalizaçãoplantãomédicoscustos.

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    Parabenizo a atitude dos colegas Salvador e Ana Lúcia que, como outros, tanto tem trabalhado no sentido de salvar e manter o Hospital Universitário da USP no seu objetivo, desde a sua criação. Nos seus trinta e cinco anos, o HU-USP sempre foi um exemplo de Hospital-Escola seguido por outras escolas médicas. Destacam-se nesta instituição, indistintamente, os funcionários aqui representados pelos Drs Gerson Salvador e Ana Lúcia Sassaki, cuja dedicação fazem do HU um hospital de ensino a ser copiado. Agradeço também ao Cremesp a importante atenção dispensada a esta causa. Meus parabéns e agradecimentos.
    Fernando P F de Campos

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