Arte médica

Médico intensivista mostra em livro surpreendente como as guerras fizeram evoluir a Medicina

José Maria Orlando realizou um trabalho único de pesquisa para escrever a história da evolução da ciência e da arte médica, como consequência direta e positiva nascida do flagelo das guerras. Esse trabalho está na obra Vencendo a Morte – Como as guerras fizeram a Medicina evoluir, com lançamento agendado para este 31 de maio, a partir das 19h, na Livraria Leitura.

A obra, publicada pela Matrix Editora, traz logo no início uma informação da qual as pessoas não tinham se dado conta: até bem pouco tempo, morria-se mais em uma guerra não por conta do ferimento em si, mas pelas infecções advindas da falta de conhecimento necessário para prover o adequado tratamento da ferida de batalha.

Esse fato era, ainda, amplificado pela falta de saneamento e de higiene pessoal, tão comuns nos acampamentos militares e zonas de conflagração, um cenário que se manteve inalterado ao longo dos séculos para, finalmente, ser revertido a partir da 1ª Grande Guerra Mundial. Bastava um corte profundo para praticamente condenar à morte o oponente. A cada nova batalha, os médicos investiam seus esforços para estancar hemorragias, lidar com infecções, com membros amputados, com doenças e toda a sorte de flagelos que um confronto armado pode provocar. Essa luta foi, aos poucos, trazendo avanços significativos para a Medicina militar e, em muito breve espaço de tempo, passaram também a beneficiar a população civil.

Vencendo a Morte mostra ainda como se deu o desenvolvimento do resgate dos feridos, o inferno vivido pelos médicos frente ao aparecimento das armas de fogo e muitos outros acontecimentos importantes – e curiosos.
 

Fonte e foto: Matrix Editora