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    07-10-2015

    Planos de saúde

    Pesquisa Datafolha aponta sérios problemas na assistência aos usuários no Estado de São Paulo


    Ladislau Rosa (ao microfone) comenta os resultados
    da pesquisa sobre a crise na saúde suplementar:
    “será falta de dinheiro ou gerenciamento?”

     

    Pesquisa Datafolha aponta que 84% dos paulistas tiveram pelo menos um problema durante o uso dos serviços junto a planos de saúde nos últimos 24 meses. O levantamento foi realizado entre 30 de julho a 4 de agosto de 2015, tendo como público-alvo 900 entrevistados.

    Os resultados do estudo – encomendado pela Associação Paulista de Medicina (APM) –  foram apresentados neste  1º de outubro, durante coletiva na sede da entidade. O Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) esteve representado pelo conselheiro e 2º tesoureiro, João Ladislau Rosa, e pelo Delegado da Regional Sul, José Carlos Machado Ramos. 

    “Temos assistido a um grande descaso para com o sistema de saúde. O corte previsto para o orçamento de 2016 é de R$ 3,8 bilhões, com o fim de repasses aos Estados, o que vai comprometer ainda mais internações e procedimentos de média e alta complexidade”, afirmou o presidente da APM, Florisval  Meinão.

    Para Ladislau, “apesar do orçamento da assistência médica privada representar quase o triplo do SUS, os usuários têm enfrentados muitas dificuldades”. Um exemplo recente é o caso da Unimed Paulistana, com uma carteira com mais de 750 mil clientes, e que passa por graves problemas financeiros e de desassistência. “Será que é só falta de dinheiro ou de gerenciamento?  Esperamos que as ações sejam enérgicas”, ressaltou o representante do Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp), Otelo Chino.

    Segundo Meinão, essa é a terceira pesquisa em quatro anos, e o cenário não se modificou. “A falta de leitos e as emergências superlotadas, que são detalhadas na pesquisa, continuam, e isso nos preocupa.”
     


    Resultados

    O quadro é, de fato, preocupante e aponta para problemas importantes no atendimento em pronto-socorro, cirurgia, realização de exames e procedimentos de maior custo, marcação de consultas, entre outros. As consequências do descredenciamento de médicos, hospitais e laboratórios também são queixas graves e frequentes.

    Das pessoas que recorreram aos planos nos últimos 24 meses, 84% relataram problemas. Projetando o número para os 11,9 milhões de usuários, chegamos a aproximadamente 10 milhões de pacientes enfrentando problemas. Nas regiões metropolitanas o índice é mais elevado que no interior.

    O pronto-atendimento, com índice de 80%, é o principal foco de reclamações, sobretudo pela lotação e espera para ser atendido. “As pessoas buscam pronto-socorro para fazer consulta de rotina porque não conseguem agendar com especialista, daí a superlotação desses locais”, avalia Ladislau.

    O quesito internações hospitalares/internação também figura entre as principais reclamações dos usuários (51%). Os principais problemas são as poucas opções de hospitais (43%) e a demora na autorização de internação (23%).

    “O quadro mostra que a situação mais preocupante refere-se a exames diagnósticos e às internações hospitalares. Faltam leitos e a disponibilidade é restrita, e isso traz grandes dificuldades às pessoas”, avalia Meinão. Segundo ele, os problemas com cirurgia, internações e exames cresceram bastante, e o número de leitos hospitalares é insuficiente para o atendimento à população. “É um problema estrutural que não se resolve no curto prazo”.

    Para 68% dos entrevistados, os planos dificultam procedimentos ou exames de maior custo. As queixas mais comuns referem-se à demora no agendamento (35%), poucas opções de laboratórios e clínicas especializadas (32%), tempo de espera para autorização de exames ou procedimentos (29%). “A demora na marcação de exames, principalmente os de maior complexidade, decorre de um conflito em relação às coberturas. Os médicos prescrevem os exames, mas, muitas vezes, estes não foram incorporados ao rol de procedimentos da ANS, e isso gera problemas que, em geral, acabam na justiça, levando à judicialização da assistência médica”, acrescentou Meinão.

     

    Texto: Aglaé Silvestre
    Fotos: Osmar Bustos

     

    Tags: planos de saúdeoperadorasatendimentopesquisalevantamentoDatafolha.

    Veja os comentários desta matéria


    Atendo planos de saúde no meu consultório há 28 anos. Atendo os dois períodos do dia, 5 dias por semana. Pela disponibilidade do tempo que tenho para os usuários,deveria atender uma média de 24 pacientes por dia. No final do mês deveria estar contabilizando 480 atendimentos. No entanto, não passo de 250 pacientes por mês. E sabem por que? Os pacientes marcam a consulta e não comparecem, e muitos nem dão satisfação. Fico com o horário comprometido com aquele indivíduo, não podendo agendar outro no mesmo horário. O que concluo é que boa parte da nossa população não foi educada para agendar consultas em consultório.Os que querem marcar consulta médica em consultório e não conseguem, reclamam para a ANS, que então multa os planos de saúde. Devido à educação do nosso povo, a saída que eu vejo é no ato do agendamento da consulta pegar o número dos documentos, avisar as regras do não comparecimento e, junto à ANS, multar os faltantes. Acho também que as pessoas deveriam se prevenir, tendo bons hábitos de saúde.
    Dra.Eliane Oliveira Neves Bussoloti

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