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    27-07-2015

    JC nº 327

    Campanha do Cremesp abre debate entre profissionais, instituições e comunidade em busca de soluções para a violência

     

    Violência afasta médicos de postos de saúde periféricos

    Campanha do Cremesp abre debate entre médicos, instituições
    e comunidade em busca de soluções

     

    "Uma senhora compareceu à consulta com a filha menor durante meu plantão de pediatria no PSI. Mesmo sendo chamada por três vezes, ela não respondeu. Então, devolvi a ficha ao setor de registro. Levei um susto quando a mulher chutou a porta, atingindo minhas costas. Ela entrou xingando e me ameaçando até de morte.” 

    Inúmeros casos de amea­ças e agressões contra médicos já fazem parte da rotina no atendimento a pacientes em postos de saúde, prontos-socorros, hospitais, clínicas e consultórios

    A violência que se instaurou nas unidades públicas de saúde – não raro nas particulares – reflete a que vivenciamos na sociedade brasileira, e decorre, principalmente, da falta de políticas públicas eficazes nas áreas de segurança, educação e saúde.

    As precárias condições de trabalho a que os médicos são submetidos, diariamente, durante o exercício profissional acarretam problemas como longas filas e sobrecarga de atendimentos em unidades de urgência e emergência. Esse quadro tem favorecido o surgimento de graves conflitos entre médicos e pacientes que, por vezes, atingem o nível da agressão física e moral, notadamente nas perife­rias dos grandes centros urbanos, como São Paulo.
     

    Campanha

    Desde que o Cremesp lançou, há quase dois meses, uma campanha para expor, debater e buscar soluções para a questão da violência contra médicos, foram recebidas mais de 100 denúncias, por e-mail, de vítimas da Capital e de diversos municípios do Estado.

    Divulgada no Jornal do Cremesp, no portal (www. cremesp.org.br) e por meio do boletim eletrônico semanal enviado aos médicos, a campanha vem reunindo relatos de médicos que foram vítimas de violência durante o seu plantão ou mesmo no trajeto para o trabalho. “Também temos recebido muitas ligações telefônicas de médicos solicitando providência contra essa situação”, alerta o diretor de Comunicação do Cremesp, Antonio Pereira Filho.

    Segundo ele, “os médicos estão abandonando seus postos de trabalho porque não querem ser assaltados ou agredidos durante o plantão. E isso está gerando um problema sério para a saúde pública”, avalia.

    Os parcos investimentos na segurança das instituições de saúde e a falta de apoio dos empregadores ou dos órgãos de segurança pública, têm deixado os médicos em situação bastante vulnerável. “Os seguranças das instituições estão mais voltados para preservação do patrimônio. Já a Guarda Municipal não tem poder legal. Cabe à área de segurança pública dar resposta a essa questão,” defende Pereira.

    O Cremesp também rea­lizará uma pesquisa com médicos e população para colher subsídios para o desenvolvimento de ações contra a violência aos profissionais (veja Editorial, na pág. 2).
     

    Falta de médicos

    Para o presidente do Sindicato dos Médicos de Campinas e Região, Casemiro dos Reis Jr., são duas as motivações que estão ocasionando a fuga de médicos e comprometendo a contratação de novos profissionais nas regiões mais desassistidas: a violência institucionalizada na área em que os serviços são prestados e a que acontece dentro do ambiente de trabalho.

    Segundo Reis, “o baixo número de médicos trabalhando em postos de saúde – sempre em função da violência – gera demora e atraso no atendimento, causando insatisfação e irritação na população, que reage e acaba descontando sua agressividade no médico”. Ele acredita que essa situação tem agravado o problema na atenção básica, nas periferias dos grandes centros. “Os médicos se exoneram e o déficit fica cada vez maior”, diz.

    A violência institucionalizada, decorrente das deficiências do sistema de segurança pública, por sua vez, acaba afetando seriamente a rotina de trabalho dos profissionais. “O médico torna-se presa fácil da bandidagem”, avalia Reis. Segundo ele, é comum o mapeamento do percurso do médico pelos criminosos, com o objetivo de roubar carro e celular. “Os roubos acontecem na chegada e saída do trabalho, ou dentro da unidade de saúde, principalmente nas regiões periféricas que não contam com a presença ostensiva de policiais.”
     

    Entidades unem forças

    Uma aliança contra a violência aos profissionais de saúde, em especial, ao gênero feminino, foi selada entre o Cremesp, o Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo e a Coordenação de Políticas para a Mulher do Estado de São Paulo, órgão vinculado à Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania. Foram pactuadas ações conjuntas para a formatação de um plano emergencial de segurança aos médicos, profissionais da Enfermagem e demais agentes da área.

    A Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania levantará os pontos de maior incidência de agressões a profissionais de saúde em todo o Estado para, posteriormente, colher sugestões de enfrentamento e prevenção à violência junto ao Coren-SP e ao Cremesp. A ideia é encaminhar o material ao governador Geraldo Alckmin.

     

    VEJA MATÉRIA COMPLETA NO JORNAL DO CREMESP
    nº 327 - JULHO 2015

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    Tags: violênciamédicoscampanhajornal do Cremespprofissionais de saúdepostos de saúdeperiferia.

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