Últimas Notícias
Eleições das Comissões de Ética Médica
Inscrições de chapas começam em 18 de setembro com a publicação do edital pela Comissão Eleitoral da respectiva instituição de saúde
Atesta CFM
Conselho Federal de Medicina lança plataforma online para emissão de atestados médicos
Encontro inédito
Cremesp participa de reunião entre os Conselhos Regionais, de diferentes profissões, e o governo do Estado de São Paulo
Empresas Médicas
Fórum do Cremesp tem proposta de mesa com MP e TCM para aperfeiçoar fiscalizações em OSs
Notícias
22-06-2015 |
Diagnóstico |
“Plataforma de Imagem na Sala de Autópsia”: nova técnica da Fmusp para investigação de morte natural |
Esse é o primeiro equipamento de ressonância magnética para corpo inteiro com campo de 7 Tesla na América Latina. É utilizado principalmente no estudo de cadáveres recebidos pelo Serviço de Verificação de Óbitos da Capital (SVOC), mantido pela USP. “No mundo forense, essa técnica já existe há algum tempo, a novidade é a possibilidade de utilizá-la em mortes naturais”, explicou Edson Amaro Júnior, professor do Departamento de Radiologia da Fmusp e presidente do Comitê Executivo deste projeto. “Uma ideia interessante é que os hospitais que tenham equipamentos de imagem possam fazer a biópsia guiada por imagens e ter informações que envolvem diretamente a qualidade da prática médica”, destacou. De acordo com pesquisa realizada pela Universidade de Harvard, quando se compara o prontuário médico com os resultados da autópsia, em até 16% dos casos o paciente não recebeu o tratamento adequado. “Se você confronta esses dados, qualifica melhor o atendimento prestado ao paciente. O projeto foi criado para ajudar os vivos, estudando os mortos”, completou o professor, explicando que o novo método não deve substituir o convencional, mas que ambos devem ser complementares em algumas condições. Na aquisição do equipamento, foram utilizados recursos da USP, da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e da Fundação Faculdade de Medicina. A possibilidade de realizar autópsias preservando o corpo é uma das principais vantagens da plataforma PISA, visto que muitas religiões não permitem a violação do cadáver. Apesar do crescimento das novas tecnologias, o uso de cadáveres durante o curso de Medicina é fundamental. “Apenas 5% dos óbitos passam por autópsia. Nos hospitais universitários, o número é um pouco superior”, disse Amaro, explicando a viabilidade da plataforma, que é mais barata e gasta menos tempo no procedimento. Os alunos de Medicina têm acesso a imagens tridimensionais e interativas, que, muitas vezes, são criadas por programadores. O PISA possibilita o aumento do banco de dados de imagens, garantindo diversidade e variação de órgãos, quanto ao tamanho, intensidade e espessura, e todas são imagens reais, segundo Amaro. Para ele, apesar de o mercado ainda estar em fase de crescimento e ser restrito, essa será uma nova forma de atuação médica. Isso porque a interação com a imagem não ocorre da mesma maneira com pessoas vivas e mortas, e o médico deverá ser treinado para interpretar as imagens pós-morte. “Na nova reforma curricular da Fmusp, vários cursos já passaram a utilizar esse projeto de alguma maneira”, esclarece. |