Mauro Aranha: "Em um local onde existe sobrecarga de demanda,
o médico não pode perder a empatia com o povo"
Os médicos da Zona Sul da cidade de São Paulo puderam expor suas principais dificuldades e dúvidas em relação ao exercício da profissão durante a Audiência Pública do Cremesp com a Região Sul. Realizado no Hospital Municipal do Campo Limpo, em 27 de maio, o evento foi uma oportunidade de ampliar o diálogo da instituição com os profissionais, que puderam falar sobre questões específicas da localidade.
A reunião foi mediada pelo vice-presidente e conselheiro do Cremesp, Mauro Aranha, que apresentou a estrutura organizacional e as funções do Conselho, esclarecendo procedimentos como pedidos de consultas e aberturas de sindicâncias. Também estiveram presentes os conselheiros Otelo Chino Júnior e o delegado da Regional Oeste, Paulo Kron.
No decorrer da conversa, uma das principais preocupações dos profissionais presentes era a superlotação das unidades médicas da região. A escassez de leitos seria agravada pela demanda de pacientes vindos de cidades vizinhas, como Embu das Artes e Osasco, e por reformas em hospitais da região.
A rotatividade entre os profissionais jovens também foi tema de debate. Médicos presentes no evento falaram da dificuldade de manter um profissional formado recentemente trabalhando em hospitais da periferia, principalmente em prontos-socorros. E acreditam que, para que eles permaneçam mais tempo em uma unidade, seria necessário se aproximar mais da comunidade local. Mauro Aranha concorda que o ponto principal é a aliança com a população. "Mas não é uma parceria como estratégia, é uma aliança humanitária. Em um local onde existe sobrecarga de demanda, o médico não pode perder a empatia com o povo, não pode ser indiferente", declarou.
Colaboração: Natália Oliveira (estagiária de Jornalismo do Depto de Comunicação do Cremesp)
Fotos: Isabela Tellerman (estagiária de Fotografia do Depto. de Comunicação do Cremesp)
Tags: audiência, pública, Zona Sul, leitos, demanda, pacientes.
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