Pacientes abandonados, sem assistência médica e psicossocial, vivem em condições degradantes, em locais lotados e sem higiene. Estes foram alguns dos resultados da fiscalização do Conselho Regional de Medicina de São Paulo a três hospitais de custódia do Estado. Foram vistoriados os Hospitais de Custódia e Tratamento Psiquiátrico (HCTP) 1 e 2, ambos em Franco da Rocha, e o HCTP Dr. Arnaldo Amado Ferreira, em Taubaté. As unidades estão sob gestão da Secretaria de Estado da Administração Penitenciária, mas os pacientes deveriam estar sob cuidados médicos, em instalações hospitalares.
Juntos, os três hospitais abrigam cerca de 1.050 pacientes em conflito com a lei, que cumprem Medida de Segurança hospitalar devido a delitos praticados na vigência de algum transtorno mental. O propósito dessas instituições é oferecer tratamento aos pacientes, porém as condições encontradas se mostraram mais degradantes que aquelas das prisões comuns.
Os resultados desta fiscalização foram reunidos na publicação Hospital de Custódia – prisão sem tratamento, lançado nesta segunda-feira (14/04) pelo Cremesp. O livro foi elaborado, em conjunto, pela Câmara Técnica de Psiquiatria e pelo Departamento de Fiscalização do Cremesp. Os psiquiatras Mauro Aranha e Quirino Cordeiro, respectivamente, vice-presidente do Cremesp e membro da Câmara Técnica, foram os organizadores da publicação.
O jornal o Estado de São Paulo publicou, neste 14 de abril, uma matéria especial sobre o estudo. Acompanhe:
O Estado de S.Paulo - Blitz do Cremesp aponta situação precária em hospitais de custódia
Acesse a íntegra do livro AQUI
Tags: custódia, estudo, fiscalização, sistema prisional, hospitais.
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