Pesquisa divulgada na quarta-feira (12/02) indica que quase metade da população brasileira (49%) avalia que melhorar os serviços de saúde deve ser prioridade para o governo federal este ano. O dado é da pesquisa Retratos da Sociedade Brasileira - Problemas e Prioridades para 2014, feita pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e pelo Ibope.
Em segundo e terceiro lugares, informou a CNI, aparecem o combate à violência e à criminalidade e a melhora da qualidade da educação, que devem ser priorizadas na opinião de 31% e 28% dos 15.414 entrevistados, respectivamente. A confederação explica que a soma ultrapassa os 100% porque na pesquisa era permitido escolher até três opções. Para os entrevistados, são essas as áreas com os principais problemas do país. Além dessas prioridades, as pessoas ouvidas mostraram preocupação com as drogas (23%), o reajuste do salário mínimo (23%) e o combate à corrupção (20%).
Na análise regional dos dados, as três áreas também são as mais citadas como as que devem ter preferência nas ações governamentais, com a melhora dos serviços de saúde no topo de todos os rankings, informa a CNI. A exceção é a Região Sul, onde o combate à violência e à criminalidade perde posição para o aumento do salário mínimo e o enfrentamento às drogas.
Para o presidente do Cremesp, João Ladislau Rosa, o resultado da pesquisa não surpreende. “A precariedade do sistema de saúde do país é um problema evidente que afeta diretamente a vida das pessoas e para o qual os governos, em todas as esferas, não têm sido sensíveis e corajosos para promover as mudanças profundas necessárias. O resultado da pesquisa demonstra que as soluções fáceis e paliativas não são sustentáveis”, afirmou Ladislau.
Entre os principais problemas sistema de saúde do país, o presidente do Cremesp elencou o subfinanciamento do SUS, a baixa qualidade da gestão, estrutura de atendimento sucateada e precária, falta de profissionais adequados, baixos salários oferecidos para a área; e ausência de Carreira de Estado para médicos. Ladislau destacou ainda que, no setor privado, sobram queixas em relação às dificuldades para marcar consultas, conseguir atendimento com especialistas e à falta de leitos hospitalares. Para ele, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) deixa muito a desejar em seu papel regulador no país.
Fonte: Com informações da Agência Brasil
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